sábado, 7 de fevereiro de 2009

Jesus cura as enfermidades daqueles que têm fé!


Estamos diante de uma realidade não muita atípica aos dias atuais...

Primeiro, Jesus é procurado para curar, sanar uma patologia visível... Tantos, ainda hoje, O procuram para tão somente sanar as suas enfermidades. Um segundo ponto que nos chama à atenção é o fato de que Jesus estava em comunidade celebrando; isso faz com que percebamos que, Jesus sendo um judeu, é fiel aos preceitos daquela religião. Logo depois, a narrativa nos fala que ao chegar à casa de Pedro, falam a Jesus que existia uma pessoa acamada, imediatamente Jesus vai ao seu encontro, dentro de uma experiência de compaixão... Do latim, “co-passion”, quer dizer, colocar-se no lugar do outro que sofre; sentir suas dores. Segurando em suas mãos, restitui-lhe a saúde, dá-lhe novo ânimo.

Convém lembrar que depois de curada, a sogra de Pedro reergueu-se, pôs-se de pé... Isso significa, prontificou-se a servir e o fez! O fato é que, aquilo que o Senhor fizera àquela pobre que padecia no leito das enfermidades, espalhou-se por toda a região, eis que habitantes de várias localidades acorriam ao encontro daquele que devolveu a saúde à sogra de Pedro, amontoando-se defronte àquela residência. De repente todas as pessoas foram se apresentar a Jesus, mostra-lhe, pois, as suas enfermidades, talvez, então suplicar-lhe perdão... Diz o texto que Jesus fez muitas curas, mas, não fala-nos que Ele curou a todos. Esse fato faz-nos refletir sobre uma questão muito importante na nossa vida cristã: a fé. A fé é uma virtude de Deus, um dom que o Senhor nos concede; esta é necessária à nossa salvação. Jesus, sendo um com Deus e o Espírito Santo, poderia ter curados a todos, mas, nos relata o evangelista São Marcos que Ele curou a muitos, pois com certeza, aqueles que não foram curados faltavam-lhes fé. Tal como a sogra de Pedro que ao tomar nas mãos de Jesus prontamente fora atendida, curada e de imediato pôs-se a servir, também nós somos chamados a confiantemente segurar nas mãos de Jesus, deixando que a Sua Santa Vontade seja realizada em nossa vida.

Nosso Senhor expulsou em nome de Deus muitos demônios. É interessante, também, procurarmos entender que demônio aqui, dentro de um contexto judaico, seria toda aflição causada à alma e que se refletia no corpo. Jesus repreendia os demônios para que os mesmos não O apontassem como sendo o Messias, o Filho de Deus. Mas, toda essa experiência libertadora que provém de Jesus advém de uma outra: a experiência da oração, do comunicar-se com Deus. Comunicando-se com o Pai, o Filho realizaria no plano da história a Vontade Santa do Criador. Jesus fora procurado ainda por muitos, todavia, não se deteve a ficar somente naquele território, preferiu partir e dar continuidade ao seu Projeto em terras mais longíquoas, onde Ele ainda não tinha pregado.

Ante toda essa narrativa, somos convidados a também nós, nos colocarmos nas mãos de Jesus... Apresentando-nos diante do Senhor, com as nossas fraquezas, com as nossas limitações, com as nossas fragilidades humanas e diárias... Apresentar, pois, diante do Senhor tudo aquilo que ainda nos impede de nos prontificarmos com a Causa de Deus. Mediante toda a nossa caminhada existencial nos deparamos muitas vezes com situações adversas que nos tentam tirar do segmento do Crucificado, mas, nós não fomos criados para o sofrimento, nem muito menos Jesus deu a sua vida para que continuássemos presos à uma vida antiga e sem sentido, porém, Jesus dou-se por todos os nossos pecados... Em Cristo somos muito mais que vencedores!

As enfermidades e os sofrimentos que acompanham nossa vida geram um estado de temerosa insegurança. Toda a nossa caminhada de vida se dá na busca incessante de Deus... Feliz é aquele que reconhece que todas as curas advêm do Senhor! Muitos encarnam a fraqueza e a fragilidade humana, sujeitas à eventualidade do inesperado e do imprevisível. Esta condição humana contrasta com o desejo de absoluto, de estabilidade e de segurança que pervade todo homem, e torna a existência do homem pouco desejável. O homem apresentado pela Bíblia também anda à procura da causa desta situação. Num mundo onde a realidade é continuamente referida a Deus, a doença e as desgraças não são exceção: estas são vistas como um golpe de Deus que fere o homem. Por um movimento espontâneo, o senso religioso do homem estabelece uma ligação entre doença e pecado, mais no plano coletivo que no pessoal.

Jesus Cristo hoje é-nos apresentado como Aquele que curou-nos e libertou-nos de todas as patologias do corpo e da alma. Oxalá que nós não O busquemos somente quando Dele precisarmos, todavia, tal como o salmista, louvemo-Lo e exautemo-Lo, ‘porque Ele é bom e eterna é a sua misericórdia’.



Reflexão referente à liturgia do 5º domingo do Tempo Comum, ano B.

Luiz Felipe Pereira de Melo.

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