quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sou um Zé da Silva e tantos outros


Já andei por tanta estrada

Já venci tanta cilada

E no caminho fiz ser ouro a minha prata

No meu mundo não tem fadas

Mas a mão de Deus me alcança

Já chorei por tanta causa

Já sorri por tantas outras

E a mistura destes sentimentos tantos

Tanto riso, tanto pranto

Verso escrito no meu rosto

Misturei meu sangue em outro

Quando a dor fez alvoroço

Veio a calma da cantiga

Fiz plantio de outro verso

Desbravei outro universo

Aprendi ser trovador

Em cada porto e despedida dessa vida

Esqueci meu coração batendo lá

Aos poucos tranformei-me em tantos outros

Sou de cada povo um pouco

E hoje a terra inteira é o meu lugar

Quem me dera pudesse compreender

Os segredos e mistérios dessa vida

Esse arranjo de chegadas e partidas

Essa trama de pessoas que se encontramS

e entrelaçam

E misturadas ganham outra direção

Quem me dera pudesse responder

Quem sou eu nessa mistura tão bonita

Tantos outros, sou na vida um Zé da Silva

Sofro as dores de outros nomes

Rio os risos de outras graças

Trago em mim as falas dessa multidão

Quem me dera pudesse compreender

P| a| u| s| a|

Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol. (Pablo Picasso)

Música do Dia...


P R I M E I R O S E R R O S . . .


Meu caminho é cada manhã

Não procure saber onde vou

Meu destino não é de ninguém

Eu não deixo os meus passos no chão

Se você não entende, não vê

Se não me vê, não entende

Não procure saber onde estou

Se o meu jeito te surpreende

Se o meu corpo virasse sol

Minha mente virasse sol

Mas, só chove e choveChove e chove

Se um dia eu pudesse ver

Meu passado inteiro

E fizesse parar de chover

Nos primeiros erros

O meu corpo viraria sol

Minha mente viraria

Mas, só chove e chove

Chove e chove...

É isso que eu também almejo!!!


" [...] A Porciúncula foi o lugar predileto de Francisco. Lá ele fundou a Ordem dos Frades Menores; lá também acolheu Clara, fundando mais tarde a Ordem da Irmãs Clarissas. Possivelmente, aí foi o berço da Ordem Terceira, hoje conhecida como a Ordem Franciscana Secular.


A igrejinha da Porciúncula, é até hoje, a mais graciosa e guardiã dos traços originais da restauração efetuada pelo santo de Assis. Foi também aí que Francisco ouviu, em fevereiro de 1208, o Evangelho que fala sobre a missãodos discípulos de Jesus.


Depois da missa foi procurar o sacerdote pedindo-lhe que lhe explicasse melhor o texto.


Frei Tomás de Celano conta, nas suas memórias, que o sacerdote explicou tudo, e Francisco, ouvindo que os discípulos não deviam possuir ouro, prata ou dinheiro, nem bolsa, nem pão... mas pregar o Reino de Deus e a penitência, entusiasmou-se no Espírito de Deus, dizendo:


- É tudo o que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que desejo fazer de todo o coração.


Foi transbordando de alegria que, Francisco tratou, sem demora, de pôr em prática tudo o que oacabar de ouvir. Arrumou para si uma túnica pobre, áspera e mal acabada, em forma de cruz, e começou a pregar a todos a penitência, com grande fervor de espírito e alegria de alma [...] " (Francisco: o irmão sempre alegre; Frei Jorge E. Hartmann, OFM).

Cinco de fevereiro de dois mil e nove: Dia de Santa Águeda!


Santa Águeda (Ágata)


Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica. Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã. As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão.


Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram à outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa.


Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu, enquanto rezava pedindo à Deus para parar a erupção do vulcão Etna, que iniciara bem na hora do seu martírio. Assim que ela expirou o vulcão se aquietou e as lavas cessaram. Até hoje o povo costuma pedir a sua intercessão para protegê-lo contra a lava do vulcão Etna, sempre que este começa a ameaça-los. Santa Águeda é invocada contra os perigos do incêndio.


O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.


Santa Águeda, rogai por nós que recorremos a vós!!!

Deus nos fala!


"Audite me, insulae, et attendite, populi de longe; Dominus ab utero vocavit me, de ventre matris meae recordatus est nominis mei"


"Ascoltatemi, o isole, udite attentamente, nazioni lontane; il Signore dal seno materno mi ha chiamato, fino dal grembo di mia madre ha pronunziato il mio nome"


"Iles, écoutez-moi! Peuples lointains, soyez attentifs! L`Éternel m`a appelé dès ma naissance, Il m`a nommé dès ma sortie des entrailles maternelles"


"Akousate mou nhsoi kai prosecete eqnh dia cronou pollou sthsetai legei kurioV ek koiliaV mhtroV mou ekalesen to onoma mou "


"Listen, O isles, unto me; and hearken, ye people, from far; The LORD hath called me from the womb; from the bowels of my mother hath he made mention of my name"



"Ilhas, ouvi-me; povos de longe, prestai atenção! O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome" (Is. 49,1).

- I l u m i n a t u s -


Eis que me deparo com o sol,

E vejo tudo novo.

Cheio de cor, de luz.



As sombras não mais são,

Elas estão.

E nada mais.



O velho e o novo

Num misto desarmonioso

Expressa a contradição.



Se fui ou se vou

Não sei!

A vida passou.



O realismo tocou-me...

Prostro-me diante do espelho

E vejo o encejo de mundança



Tudo passa,

Pergunto-me: O que me resta?

Não sei - concluo!



Volto-me para o sol

E a sua luz tomou parte de mim.

Hoje não sei quem sou.



Hoje eu sei que o sol

Me tomou.

Hoje ele faz parte de mim.





Luiz Felipe Pereira d Melo.

04/01/2009.