quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Retornando...


Meio que sem inspiração, descompassadamente, eis que me lanço sobre esta fugaz folha em branco, para narrar a desdita de um pobre sonhador. Para retratar aqui as imagens que minh’alma insiste em querer contemplar, mesmo que ansiosa, mesmo que depressiva, ela detém “em-si” toda a beleza daquele ebúrneo palácio encantador.

Não sei ao certo como é que vim novamente aqui parar, nem tampouco através de que, apenas sei que os meus pés empoeirados, guardam os resquícios daquela terra bendita e juntamente com ela todos aqueles sonhos.

No momento sei que não devo me deixar seduzir por nada e nem ninguém. Não posso manter os pés fixos à uma dada estrutura, mas, pelo contrário, é necessário reconhecer que eu fui feito para alçar grandes vôos. Assim sendo, preso a algo, isto me impede de voar!

Por isso, o meu desejo para o hoje é quem sabe o de possuir asas! Sim, um belo par de asas! Capaz de me transportar para um mundo ainda incognoscível, distante desta rotina que me cerca e me aflige, capaz de me retirar desse abismo inoportuno e me lançar ao meu nada existencial, impulsionando-me a transformar os sinais de morte em vestígios de eternidade.

Que toda a minha vida seja isso: sinal de eternidade, desejo de eternidade! Que tudo que eu venha a fazer, expresse a eternidade, seja índice de eternidade! E o mais... o mais, como o nome já indica, virá por acréscimo e disto eu tenho plena convicção!

Luiz Felipe P. de Melo.

Recife-PE/Quinta-feira, 25 de agosto de 2011 A.D.