sábado, 28 de fevereiro de 2009

Música do dia...

Antes de você entrar na minha vida
De se decidir por mim
Por minha história
Haverá de ter clareza de saber bem
Quem eu sou
Pra depois não me dizer
Ter se enganado
Eu não posso ser o que você quiser
Sou bem mais do que os seus olhos
Podem ver
Se quiser seguir comigo
Eu lhe estendo a mão
Mas não pode um só momento
Se esquecer
Sou consagrado ao meu Senhor
Solo sagrado eu sei que sou
Vida que o céu sacramentou
Marcas do eterno estão em mim
Antes do seu amor chegar
Um outro amor já me encontrou
E me envolveu com tanta luz
Que já não posso me esquecer
Se mesmo assim quiser ficar
Seja bem vindo ao meu lugar
À este coração que resolveu
Plantar-se inteiro em Deus
E hoje não quer mais se aprisionar
Eu lhe peço que me ajude
A ser mais santo
Que por vezes me esqueça no meu canto
É que a minha santidade
Necessita solidão
Só assim minha presença
É mais saudável
Não me peça o que de mim
Pertence a Deus
Nem dê mais do que eu preciso receber
Ser amado em excesso
Faz tão mal quanto não ser
Eu lhe peço que me ajude a ser de Deus

Deus nos fala!


"Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão" (Lc. 5, 32).

Pausa Poética...


DAS UTOPIAS

"Se as coisas são inatingíveis... ora!Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas" (Mário Quintana).

Somos chamados à praticar o Amor!






Um fato conhecido por todos é que muito tem se abordado e discutido sobre a temática do Amor.


Mas nunca é demais, por exemplo, parar para refletir porque que todos os outros bons sentimentos plantados no coração do homem, bebem necessariamente dessa fonte.




É interessante notar também como em nossas relações o sonho de Deus parece-nos difícil de realizar. Muitos já não se percebem mais como essencialmente inclinados ao Amor. Perdeu-se aos poucos aquela gratidão pela existência do outro. Costumamo-nos a amar se assim o fizerem conosco. Talvez esteja aí a resposta do motivo da desconfiguração do Amor.Gosto de pensar no Amor Ágape.




Acredito ser esse o ápice do desejo de Jesus por nós. O Ágape nos revela a gratuidade do amor, nos ensina a amar não somente a partir da nossa sede, mas da fonte que corre. A Encarnação do Verbo traduz para a humanidade inteira o Ágape que brota do coração de um Deus que se dá em amor, mesmo sabendo que de alguns nada poderia receber em troca. Uma verdadeira atitude “kenótica” (Fl 2, 7), um rebaixamento, uma sublime inclinação.Curioso também é como os bambus nos remota à compreensão deste Ágape.




Já me explico: A beleza dos bambus é revelada à medida que estes vão crescendo, contemplando as alturas e respectivamente se inclinando. Em alguns lugares vemos bambus plantados de um lado e outro que crescem separados por um caminho, uma estrada e se inclinam um ao outro; um verdadeiro ensinamento de que o dar-se em amor é encontrar-se com o outro sem perder a singularidade, a própria essência. Aí está a beleza... a beleza de um amor.E Deus não faz diferente. Ao contrário, Ele opta por vir ao encontro do homem. Dar cor e sabor a essa beleza de Amor sem igual.


Esse amor de tão belo que é, faz Santo Agostinho refletir em seus colóquios: “Sero te amavi oh pulchritudo tan antiqua et tan nova”. (Tarde te amei, oh beleza tão antiga e tão nova). Precisamos fazer da experiência agostiniana, a nossa. Compreender que somos vocacionados ao Ágape, uma vez que Ele se inclina ao encontro de nosso coração. Voltar ao primeiro Amor – eis o imperativo.




Que nos permitamos, portanto dar-nos sem reservas, sem medidas, inclinar-nos em amor a Deus e ao próximo. O mundo anseia por pessoas que façam este Ágape acontecer. E Deus não porque precise, mas porque acredita nessa nossa vocação, conta conosco!



Luiz Felipe Pereira de Melo.

Recife, 28 de fevereiro de 2009.

|P|A|U|S|A|


"Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível" [ Albert Einstein ] .

Sábado, 28 de fevereiro do ano da graça de 2009: Dia de São Romano!




Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França.


No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.


Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas.


Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.


Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.


A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres.


Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.


O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

VIVEMOS UM NOVO TEMPO...

TEMPO DE DESERTO...
O Tempo da Quaresma, deve ser para nós um tempo propício a reflexão individual. Devemos, sobretudo, nos silenciar... Procurar-nos internamente! É um tempo de silêncio intenso; o ambiente eclesiástico, tal como todas alfaias e ornas deve ser despojado, simples e, reservado inteiramente à Alegria Pascal.


A Quaresma é o tempo que precede e dispõe à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais frequente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (ver Mt 6,1-6.16-18).


De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor.


Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um período especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.


A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.


A Quaresma é um dos quatro tempos fortes do ano litúrgico e isso deve ver-se refletido com intensidade em cada um dos detalhes de sua celebração. Quanto mais forem acentuadas suas particularidades, mais frutuosamente poderemos viver toda sua riqueza espiritual.


Portanto, é preciso se esforçar, entre outras coisas:

- Para que se capte que neste tempo são distintos tanto o enfoque das leituras bíblicas (na Santa Missa praticamente não há leitura contínua), como o dos textos eucológicos (próprios e determinados quase sempre de modo obrigatório para cada uma das celebrações).

- Para que os cantos sejam totalmente distintos dos habituais e reflitam a espiritualidade penitencial, própria deste tempo.

- Por obter uma ambientação sóbria e austera que reflita o caráter de penitência da Quaresma.