quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Deus nos fala!


"Clamei pelo Senhor, e ele me ouviu: salvou-me daqueles que me atacam.
Confia ao Senhor os teus cuidados, e ele mesmo te há de sustentar" (Sl 54, 17-20.23).

Estou pensando em Deus...



Oração do dia:

Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.

|P|A|U|S|A|


"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência" [ Ghandi ] .

Deus nos fala!


"Convertei-vos e credes no Evangelho" (Mc. 1, 15).

Virou Notícia


Mensagem do Papa por ocasião da Campanha da Fraternidade


Vaticano


O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), por ocasião da Campanha da Fraternidade 2009:


"Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2009, está destinada a considerar o lema "A paz é fruto da justiça". É um tempo de conversão e de reconciliação de todos os cristãos, para que as mais nobres aspirações do coração humano possam ser satisfeitas, e prevaleça a verdadeira paz entre os povos e as comunidades.


Meu Venerável predecessor, o Papa João Paulo II, no Dia Mundial da Paz de 2002, ao ressaltar precisamente que a verdadeira paz é fruto da justiça, fazia notar que "a justiça humana é sempre frágil e imperfeita" devendo ser "exercida e de certa maneira completada com o perdão que cura as feridas e restabelece em profundidade as relações humanas transtornadas".


O Documento final de Aparecida, ao tratar do Reino de Deus e a promoção da dignidade humana, recordava os sinais evidentes da presença do Reino na vivência pessoal e comunitária das Bem-aventuranças, na evangelização dos pobres, no conhecimento e cumprimento da vontade do Pai, no martírio por causa da fé, no acesso de todos os bens da criação, e no perdão mútuo, sincero e fraterno, aceitando e respeitando a riqueza da pluralidade, e a luta para não sucumbir à tentação e não ser escravos do mal.


A Quaresma nos convida a lutar sem esmorecimento para fazer o bem, precisamente por sabermos como é difícil que nós, os homens, nos decidamos seriamente a praticar a justiça - e ainda falta muito para que a convivência se inspire na paz e no amor, e não no ódio ou na indiferença. Não ignoramos também que, embora se consiga atingir uma razoável distribuição dos bens e uma harmoniosa organização da sociedade, jamais desaparecerá a dor da doença, da incompreensão ou da solidão, da morte das pessoas que amamos, da experiência das nossas limitações.


Nosso Senhor abomina as injustiças e condena quem as comete. Mas respeita a liberdade de cada indivíduo e por isso permite que elas existam, pois fazem parte da condição humana, após o pecado original. Contudo, seu coração cheio de amor pelos homens levou-o a carregar, juntamente com a cruz, todos esses tormentos: o nosso sofrimento, a nossa tristeza, a nossa fome e sede de justiça. Vamos pedir-lhe que saibamos testemunhar os sentimentos de paz e de reconciliação que O inspiraram no Sermão da Montanha, para alcançar a eterna Bem-aventurança.


Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo, para que sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em Cristo alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando os dons da paz e da prosperidade, despertando em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica”.

Hoje, 26 de fevereiro de 2009: Dia deSanta Paula M. Fornés




Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo.


Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria. Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina.


Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova. Assim, Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família, educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.


Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia.


Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha. Paula Montal deu a prova final de autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do mosteiro da Virgem de Montserrat. Alí ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado.


Morreu aos 26 de fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha. Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de 2001.


A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milênio cristão.

Foto 3x4


Eu, diante de mim mesmo

Me vejo inacabado.

Lanço vista sobre minha aparência,

E noto quantas marcas eu possuo.

Pego-me a olhar para o

Meu triste e sombrio passado.

Vejo-me criança,

Indecisa e tão precocemente desvalida.

Vejo-me sorridente [talvez],

Só por alguns instantes.

Vejo-me insatisfeito [talvez],

Isso quase sempre.

Vejo-me louco [talvez],

Só aos olhos de alguns.

Vejo-me aborrecido,

Talvez por tudo aquilo que me falta.

Vejo que as pessoas que me cercam

Mudam constantemente suas vistas acerca do meu 'eu'.

- Seria possível elas mudarem

E, eu continuar o mesmo? [questiono-me]

- Creio que não! [plausivelmente eu respondo]

Olho mais para frente,

E vejo que de criança passei a ser gente.

Gente [talvez] como outra qualquer.

Que sonha, que sofre,

Que geme...

Que teme, que sente...

Gente que busca, que acha...

Que luta, que perde...

Gente que cai ao chão,

Ergue-se:

Que vence.

Gente que é jovem e que é velho,

Num misto de dúvidas e pensamentos.

De dor e alegria [estas, sempre tão presentes].

Vejo-me diante da sombra do que fui,

Lançando-me sobre a fissura do tempo,

Chegando ao meu desestruturado futuro...

Futuro, tal como o passado, que não é:

Aquilo que foi ou será.

Ser de mim mesmo a decisão

E a mudança.

Não me resta muito,

Pouco ou quase nada.

Sobre minhas trêmulas mãos

Estou a olhar a minha imagem.

A minha projeção de mim mesmo.

Vejo que nado sou...

Vejo-me fraco e forte.


Luiz Felipe P. de Melo.

Recife, 26 d fevereiro de 2009.