quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Música do Dia...


Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas

É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em tornoDa mão e me dou uma luva

E se faço choverCom dois riscos

Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tintaCai num pedacinho

Azul do papel

Num instante imagino

Uma linda gaivota

A voar no céu...

Vai voando

Contornando a imensa

Curva Norte e Sul

Vou com ela

Viajando Havaí

Pequim ou Istambul

Pinto um barco a vela

Branco navegando

É tanto céu e mar

Num beijo azul...

Entre as nuvens

Vem surgindo um lindo

Avião rosa e grená

Tudo em volta colorindo

Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está

Partindo, sereno e lindo

Se a gente quiser

Ele vai pousar...

Numa folha qualquer

Eu desenho um navio

De partida

Com alguns bons amigos

Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra

Eu consigo passar num segundo

Giro um simples compasso

E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminhar

E caminhando chega no muro

E ali logo em frente

A esperar pela genteO futuro está...

E o futuro é uma astronave

Que tentamos pilotar

Não tem tempo, nem piedade

Nem tem hora de chegar

Sem pedir licença

Muda a nossa vida

E depois convida

A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe

Conhecer ou ver o que virá

O fim dela ninguém sabe

Bem ao certo onde vai dar

Vamos todos

Numa linda passarela

De uma aquarela

Que um dia enfimDescolorirá...

Pausa...















"O único homem que não erra é aquele que nunca faz nada" (Roosevelt).

Desabafos...


Passei tanto tempo para perceber que existia um Deus que me amava do jeito que sou, que quase não pude aproveitar a vida tal como ela é... Sempre muito preocupado em agradar o Senhor; sempre muito aflito acerca da opinião dos outros... Do que os outros tinham a dizer sobre o meu ‘eu’; sobre o que os outros pensavam e/ou achavam...


Na verdade, hoje, eu percebo nitidamente que, minha maior aflição não estava no que concerne a agradar ou não a Deus, porém, em agradar os outros! Percebo que só me fiz mal. Ninguém nunca me valorizou, nem me aceitou como verdadeiramente eu sou; exceto, Jesus Cristo Nosso Senhor.

Em seu infinito amor descobri que minha vida tem sentido... Que as coisas que realizo devem estar direcionadas para o louvor e glória d´Ele. Ele que é amor, que é bondade, que é justiça... Ele que nunca me abandonou, manteve-se ao meu lado... Em cada estrada, em cada porção de terra firme ou não... Foi n´Ele que pude encontrar apoio nas horas do desespero, nas horas de dor e angústia.

Na caminhada da vida pude aprender que “O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome” (Is. 49,1). Fui crescendo, aprendendo ainda mais... E percebendo, ouvindo uma voz... Somente ouvia, sabia que era alguém que me chamava, mas não sabia quem, como e nem muito menos o que responder... Pensava comigo mesmo: ‘sou ainda um jovem, eu nem sei falar direito’; mas Ele tomando a palavra, disse-me: Não digas: “Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar. Não deverás temê-los porque estarei contigo para livrar-te. E o Senhor, estendendo em seguida a sua mão, tocou-me na boca. E assim me falou: Eis que coloco minhas palavras nos teus lábios”(Jr. 1,7ss). E como isso foi para mim motivo de alegria e de esperança...



O Senhor Deus Onipotente olhou para a miserabilidade de seu servo, elegeu-me... E, sobretudo, tirou-me do meio do povo! Eu fui escolhido para falar desse Deus que me chamou, que pensou em mim antes mesmo de meu nascimento... Como isso é forte!

Confesso que de início achara que isso não seria possível, entretanto, com o passar do tempo, entendi que para Ele nada é impossível (cf. Lc. 1, 37). Muito aflito, comecei a questionar-me: ‘Por que eu?’ Não aceitava, relutava! Mas, Ele foi mais forte! Venceu-me! Eu, Luiz Felipe Pereira de Melo, fui pouco a pouco, apaixonando-me e entregando-me, sem medos, sem reservas de mim próprio, doando-me... Colocando-me nas mãos do Senhor, deixando-me ser conduzido pelo Espírito Santo, a exemplo da Virgem Maria – Ela quem deu seu ‘fiat’ – a exemplo de São José, ele que procurou em tudo fazer a Vontade do Altíssimo; a exemplo, e diria até, com o modelo “Francisco de Assis” de ser. Foi procurando o amor, para gozar dos frutos da verdadeira paz e da liberdade que eu encontrei um seta que indicou-me um caminho divergente do mundo... Um caminho que me levou à plena realização em Deus Pai, em Jesus Cristo, no Espírito Santo; na Trindade Santa... O caminho que trouxe-me, pois, a verdadeira felicidade.


Eu, pobre mortal, passei a me procurar em todos os lugares dessa terra... Um jovem triste e paradoxalmente feliz. Triste em saber que a felicidade não era possível de se encontrar no modo de vida que eu levava... Triste por procurar no mundo a Felicidade... Feliz em saber que ela - a Felicidade - não reside nesta dimensão secular... Mas, sonho... Sonho muito e um dia hei de realizar... Jesus, o Cristo, esteve, está e estará sempre por trás de todas as minhas realizações.



Luiz Felipe Pereira de Melo.
06/02/2009.

Estou pensando em Deus...


... Certa vez, na Capela de São Damião, fitando os olhos sobre o crucifixo, Francisco perguntou ao crucificado em forma de oração: "Senhor, que quees que eu faça?"


[...]


O Senhor respondeu-lhe:


"Vai e reconstrói a minha Igreja!"

|É preciso aprender tudo isso e muito mais|


PRECISAMOS aprender que CRESCER...


é SER cada dia um pouco mais de nós mesmos

é DAR espontaneamente sem cobrar inconscientemente

é APRENDER a ser feliz de dentro para fora

é BUSCAR no próximo, um meio de nos prolongarmos

é ENTENDERMOS a morte como natural da vida(mas saber que ela não é o fim)

é CONSEGUIR a calma na hora do caos

é TERMOS sempre uma razão para ir em frente

é SABER a hora exata de parar e buscar algo novo

é NÃO DEVANEAR sobre o passado, mas trabalhar em cima dele, para o futuro

é RECONHECER nossos erros e valorizar nossas virtudes

é CONSEGUIRMOS nossa liberdade com equilíbrio para não sermos libertinos

é SABERMOS que nada e ninguém é totalmente bom ou mau

é EXIGIR dos outros, apenas o que nós damos a eles

é SERMOS responsáveis por nossos atos e por suas conseqüências

é ENTENDER que temos espaço de uma vida inteira para crescer


É NOS AMAR para que possamos amar os outros como a nós mesmos!!!

06/02/2009 AD - O SANTO DE CADA DIA -


Santo Paulo Miki e companheiros


Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.


Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência. Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos.


Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador. Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários. Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade. A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires.


Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862. Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais:


"Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma".


E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

Hoje

Conselho!


"Não abras teu coração a qualquer homem, para não acontecer que recebas uma falsa amizade, e, além disso, ultrajes" (Eclo. 8, 22).