quarta-feira, 4 de março de 2009

Música do dia...


Meu pensamento vive em você,


a luz do meu viver, Senhor.


Basta entrar, e eu me abrir pra


Te amar, nem precisa perguntar,


Te amo!


Há um clima todo diferente,


que aquece e mexe com o coração da gente.


É como um sonho,


É como um sonho.


Eu me dou por inteiro,


Teu é meu coração.


E ao Teu lado,


eu sempre sigo,


já não há mais talvez,


Basta querer pra Te ter outra vez...

Deus nos fala!


"Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido" (Sl. 50, 19b).

Estou pensando em Deus...




"Considerai, ó Deus, com bondade o fervor do vosso povo. E, enquanto mortificamos o corpo, sejamos espiritualmente fortalecidos pelos frutos das boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém".

Pausa Poética...


As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo,

Não precisas ser amante,

e nem sempre sabes sê-lo.


Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,

é semeado no vento,

na cachoeira, no eclipse.


Amor foge a dicionários

e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo

bastante ou demais a mim.


Porque amor não se troca,

não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,

e da morte vencedor,

por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.



Carlos Drummond de Andrade

Uma questão de escolha; por Pe. Fábio de Melo SCJ





"O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las.Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar.Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples..." (Pe. Fábio de Melo).

Hoje, 04 de março de 2009: Dia de São Casimiro




Casimiro nasceu na Croácia no dia 03 de outubro de 1458 e era o décimo terceiro filho do rei da Polônia, Casimiro IV, e da rainha Elisabete d'Asburgo.


Ele poderia muito bem colocar sobre a cabeça uma coroa e reinar sobre um território, como todos os seus doze irmãos o fizeram. Porém, apesar de possuir os títulos de príncipe da Polônia e grão-duque da Lituânia, não seguiu esse caminho.


Desde pequeno abriu mão do luxo da corte, suas ricas festas e todas as facilidades que a nobreza proporcionava. Fez voto de castidade e vivia na simplicidade do seu quarto, que transformou numa cela como a de um eremita, dedicando-se à oração, disciplina, penitência e solidão.


Quando os húngaros se rebelaram contra o seu rei, Mateus Corvino, e ofereceram ao jovem príncipe Casimiro, então com treze anos, a coroa, ele a renunciou tão logo soube que seu pai havia se declarado contra a deposição daquele rei e a imposição pela força de outro, no caso ele. O príncipe tinha de fato apenas uma ambição, se é que assim pode ser chamada, dedicar-se ao ideal da vida monástica. Entretanto não fugia dos deveres políticos, tendo ajudado o pai nos negócios do reino desde os dezessete anos, principalmente nos problemas referentes à Lituânia, onde era muito querido pelo povo.


Com a conversão do rei da Hungria que abdicou para entrar num mosteiro, o rei Casimiro IV, seu pai, herdou esses domínios que incluíam além da Hungria a Prússia. Porém, isso também não entusiasmou o jovem príncipe a se coroar. Desde a infância levava uma vida ascética, muito humilde, jejuando continuamente e dormindo no chão, por isso sua saúde nunca foi perfeita. Dessa forma, jovem príncipe acabou contraiu a tuberculose. Mesmo assim seu pai lhe cofiou a regência do reino, por um breve período. O rei desejando ampliar ainda mais os domínios do já imenso império, pretendia firmar um contrato de matrimonio para o filho com a bela e rica herdeira de Frederico III, cujas fronteiras passariam as ser mar Báltico e o mar Negro, realizando seu velho sonho. Por isso precisava se ausentar, pois queria tratar pessoalmente de tão delicado assunto.


Casimiro, como príncipe regente, não se furtou às obrigações junto ao seu amado povo. Cumpriu a função com inteligente política, todavia sem se deixar seduzir pelo poder.


Depois, o rei teve de se conformar, porque Casimiro preferiu o celibato e o tratado do matrimônio foi desfeito. Ele preferiu ser lembrado por ficar entre os pobres de espírito, entre aqueles que receberam o reino de Deus, do que ser recordado entre os homens famosos e poderosos que governaram o mundo.


Morreu aos vinte e cinco anos de idade e foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, em 04 de março de 1484. Logo passou a ser venerado por todo o povo polonês, lituano, húngaro, russo. Seu culto acabou sendo introduzido na Europa ocidental através dos peregrinos que visitavam sua sepultura.



Menos de quarenta anos após sua morte já era canonizado pelo Papa Leão X. São Casimiro foi declarado padroeiro da Lituânia e da juventude lituana; também da Polônia, onde até hoje é considerado um símbolo para os cristãos, que o veneram como o protetor dos pobres.

A GENEALIDADE HUMANA

Estou acostumado, quando ao se tratar de ser humano, tendemos à uma oura racionalidade.
Diz-se que o homem, por assim dizer, e aqui não me atrevo a falr em questões de gênero, se distingue dos demais seres por causa da razão. Ora, será mesmo? Será que faz parte da essência humana essa tão ovacionada razão? Bem, estou certo de que não!
Diante de tantos fatos, os quais me levam a perceber que nós somos roubados de nós mesmos, me confroto ainda com um ideal, talvez. Tantos e tantos, iludidos por uma idéia de laicismo, de uma pseudo-liberdade, deixam-se guiar por um desejo maldito e súbito de exterminar qualquer enlace metafísico e que é próprio do ser.
Eu não saberia talvez responder a uma criança que me pergunta quem é Deus. É preciso uma construção de valores humanos que valorizem aquilo que não se vê com os olhos da razão e, nem tão pouco que sejam palpáveis; sensações provenientes de experiências... Puro contato! Eduquemos os nossos para um futuro não muito distante, mas, para um amanhã que necessita de ajuda. Ousemos, acreditando sempre na capacidade que nos fora dada!
Sabe, às vezes eu penso comigo mesmo, é preciso ousar! Investir em tudo aquilo em que eu acredito... Parece-me que só assim as coisas saem do papel. Tem horas que eu tenho um sentimento de escapismo, de fugir de toda uma realidade que me é (im)posta, de contemplar uma reaalidade meramente ontológica; puramente metafísica e extra-terrestre.
Tem horas qe meu desejo maior é libertar-me desse corpo putreficável, dessa mazela que carrego comigo... Que me faz ser gente, que sente, que se apaixona...
Gostaria de poder cantar ao mundo os ritmos que mais embalam meu coração. Esse espírito de primazia não mais me encanta. Para que ser o primaz? Toda a intelectualidade de nada vale se não tenho onde expô-la. Percebo que sou como um cacto, que não preciso tanto de água e sim de raízes profundas as quais absorvam o máximo...
É de profundidade que os seres humanos estão a necessitar!
Ser profundo não é ser solipsista! Mas, é ser um instintivo observador e pouco oratório!
Ai! Tem horas em que escrevo e não sei porque o faço, nem eu mesmo compreendo aquilo que até então eu almejava lançar sobre o papel... Meus pensamentos são devaneios conraditórios.
Talvez eu me perca de mim mesmo na frustrada tentativa de des-cobrir quem eu sou. É preciso afastar-me de mim mesmo só para saber quem eu sou. Fonte inesgotável de erros, de falhas, imperfeito ser, que ama, que se-nos dá, que é ofegante, às vezes covarde.
RECIFE, 04 DE MARÇO DE 2009.
LUIZ FELIPE PEREIRA DE MELO.