quarta-feira, 4 de março de 2009

A GENEALIDADE HUMANA

Estou acostumado, quando ao se tratar de ser humano, tendemos à uma oura racionalidade.
Diz-se que o homem, por assim dizer, e aqui não me atrevo a falr em questões de gênero, se distingue dos demais seres por causa da razão. Ora, será mesmo? Será que faz parte da essência humana essa tão ovacionada razão? Bem, estou certo de que não!
Diante de tantos fatos, os quais me levam a perceber que nós somos roubados de nós mesmos, me confroto ainda com um ideal, talvez. Tantos e tantos, iludidos por uma idéia de laicismo, de uma pseudo-liberdade, deixam-se guiar por um desejo maldito e súbito de exterminar qualquer enlace metafísico e que é próprio do ser.
Eu não saberia talvez responder a uma criança que me pergunta quem é Deus. É preciso uma construção de valores humanos que valorizem aquilo que não se vê com os olhos da razão e, nem tão pouco que sejam palpáveis; sensações provenientes de experiências... Puro contato! Eduquemos os nossos para um futuro não muito distante, mas, para um amanhã que necessita de ajuda. Ousemos, acreditando sempre na capacidade que nos fora dada!
Sabe, às vezes eu penso comigo mesmo, é preciso ousar! Investir em tudo aquilo em que eu acredito... Parece-me que só assim as coisas saem do papel. Tem horas que eu tenho um sentimento de escapismo, de fugir de toda uma realidade que me é (im)posta, de contemplar uma reaalidade meramente ontológica; puramente metafísica e extra-terrestre.
Tem horas qe meu desejo maior é libertar-me desse corpo putreficável, dessa mazela que carrego comigo... Que me faz ser gente, que sente, que se apaixona...
Gostaria de poder cantar ao mundo os ritmos que mais embalam meu coração. Esse espírito de primazia não mais me encanta. Para que ser o primaz? Toda a intelectualidade de nada vale se não tenho onde expô-la. Percebo que sou como um cacto, que não preciso tanto de água e sim de raízes profundas as quais absorvam o máximo...
É de profundidade que os seres humanos estão a necessitar!
Ser profundo não é ser solipsista! Mas, é ser um instintivo observador e pouco oratório!
Ai! Tem horas em que escrevo e não sei porque o faço, nem eu mesmo compreendo aquilo que até então eu almejava lançar sobre o papel... Meus pensamentos são devaneios conraditórios.
Talvez eu me perca de mim mesmo na frustrada tentativa de des-cobrir quem eu sou. É preciso afastar-me de mim mesmo só para saber quem eu sou. Fonte inesgotável de erros, de falhas, imperfeito ser, que ama, que se-nos dá, que é ofegante, às vezes covarde.
RECIFE, 04 DE MARÇO DE 2009.
LUIZ FELIPE PEREIRA DE MELO.

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