quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Música do dia...

HINO DA CF 2009

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,Conheço o medo e a insegurança em que estás.Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.Vou te mostrar caminho novo para a paz
Onde pões tua confiança?Segurança, quem te traz?É o amor que tudo alcança;Só a justiça gera a paz!
2.Quando o direito habitar a tua casa,Quando a justiça se sentar à tua mesa,A segurança há de brincar em tuas praças;Enfim, a paz demonstrará sua beleza
3. A segurança é vida plena para todos:Trabalho digno, moradia, educação;É ter saúde e os direitos respeitados;É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;É ilusão só exigir sem antes dar.Só na justiça encontrarás tranquilidade;Não-violência é o jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)De quem confia só nas armas, no poder.Não é violência, não são grades ou vingançaQue irão fazer paz e justiça florescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça;Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)Como aceitar o desrespeito, a injustiça,A intolerância e o desamor que vêm de ti?!

Estou pensando em Deus...


Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,
que nos abrigais à sombra de vossas asas,
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.

Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,
para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais.
Amém.

Tornado a vida em versos...


PEQUEI, SENHOR


Pequei, Senhor,
mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino vos deu,
como afirmais na sacra história.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.


Gregório de Mattos

Deus nos fala!


Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me!

Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente.

Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido.

Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso!

Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!


(SALMO DO DIA, Sl. 50)

|P|A|U|S|A|


"Não há penitência melhor do que aquela que Deus coloca em nosso caminho todos os dias" (Dom Hélder Câmara).

Refletere!

O Evangelho de hoje, nos convida mais intensamente a refletirmos sobre a nossa caminhada de vida...
"Misericórdia ó Senhor, pois pecamos" (Salmo 50, 1). Percebam como a Igreja está hoje, a melodia do Salmo é uma melodia triste. O clima da Igreja é este, entramos num clima de reflexão, não é de alegria, de gritos, é de tristeza.
Deus é amor, é bom, mas, nossas atitudes não são boas diante d'Ele, e a Igreja está dizendo a este Deus que é bom: "Tende piedade". Nós não vamos chegar pulando diante de Deus pedindo perdão, não é tempo dos católicos ficarem dançando com euforia, são quarenta dias de "tristeza". É tempo dos cristãos estarem revestidos de cinzas pedindo a Deus perdão.
É chegado o oprtuno momento de silenciar não somente os nossos lábios, porém, o coração também. O Senhor nos convida a por em prática todos os preceitos divinos fora do alcance da vista dos outros... Convida-nos a ser silenciosos, a nos voltar inteiramente a Deus e ao Seu Projeto de Salvação.
A Igreja hoje, inicia um período que rememora os quarenta anos que Moisés caminhou com o Povo de Deus pelo deserto, assim, também nós somos convidados a caminhar, lado a lado, com o Deus da Esperança. É também rememorar os quarenta dias de penitência que Cristo pasou após o Batismo.
“Agora, diz o Senhor: "voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos” (Joel 2, 12).
Por que lágrimas? Porque o povo vivia longe de Deus. O pecador vai diante de Deus chorando, quarenta dias de choro, lágrimas.
“Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembléia; congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito” (Joel 2, 15-16). Somos convidados à rezar, Deus está pedindo! É preciso olhar como estamos diante de Deus... É preciso fazer penitência.
Eis o tempo propício para nos voltarmos para nós mesmos; para as nossas práticas cotidianas...
Desse modo, o texto evangélico de hoje, apresenta-nos de modo claro as três práticas para esse tempo tão oportuno: esmolas, jejum e oração. Aqui, se encontra, os três alicerces básicos para a nossa caminhada quaresmal!
Nos esforcemos, pois, para por em prática os Conselhos Evangélicos e sobretudo, refletir um pouco mais sobre as injustiças cometidas ainda em pleno século XXI.

Evangeho de Jesus Cristo, segundo São Mateus



+ Dominus Vobiscum!


Naquele tempo, disse Jesus: - Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu. - Quando você der alguma coisa a uma pessoa necessitada, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas sinagogas e nas ruas. Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. - Quando vocês jejuarem, não façam uma cara triste como fazem os hipócritas, pois eles fazem isso para todos saberem que eles estão jejuando. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, lave o rosto e penteie o cabelo para os outros não saberem que você está jejuando. E somente o seu Pai, que não pode ser visto, saberá que você está jejuando. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. - Palavra da Salvação!



Mt 6,1-6.16-18

A paz é fruto da justiça (Is. 30, 17)


Hoje, com este lema damos início a um novo tempo na Igreja: a Quaresma. Diz-se do Tempo de Conversão. Tempo este que, a Igreja do Brasil convida-nos sempre a nos voltar para uma temática atual e propícia à reflexão.


Esse ano, a CNBB quer mostrar que não pode existir segurança pública onde não há paz, onde, necessariamente, para haver a paz deve existir justiça e, consequentemente ausência de ódio e de violência. Nesse sentido, nós não poderíamos pensar em segurança pública, sem que, ao mesmo tempo, exista uma sociedade justa.


A palavra paz provém do hebraico "shalom" que, quer dizer 'paz entre duas entidades' (geralmente duas nações) ou a paz interior de um indíviduo. Do latim, "pax", "Absentia Belli", pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral, todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz é mundialmente representada pela pomba e pela bandeira branca.


Porém, a expressão "shalom" não designa tão somente a ausência de conflitos. Ela quer dizer inicialmente satisfação e todas as necessidades, de modo que não exista o medo de não conseguir tudo aquilo que é necessário para a plena realização humana. Shalom também significa a paz que se realiza na relação do homem com Deus, consigo próprio, com os demais irmãos e com a natureza.


Falar de paz é também falar de justiça. Quando se fala de justiça, encontramos alguns problemas exegéticos, pois, o termo que mais se aproxima da palavra justiça é "tsedacá". Uma primeira acepção que podemos inferir sobre esse termo é caridade. Traduzimos Tsedacá como "caridade" somente porque é difícil achar em português uma palavra que traduza o seu verdadeiro sentido. Pois, do ponto de vista judaico, Tsedacá é diferente de caridade. Em geral, as pessoas pensam, que ao doar algo a um pobre ou a uma instituição de caridade, dão algo que lhes pertence integralmente e, portanto, fazem um ato de bondade para o qual merecem agradecimento. Mas a palavra "Tsedacá" em hebraico significa na realidade "um ato de justiça". Dar "Tsedacá" é algo que devemos fazer, não como um ato de bondade, mas como um dever e obrigação, tal como pagar uma dívida.


Desse modo, chegamos à duas conclusões importantes:


1) dar a cada um aquilo que lhe pertence - nesse sentido, justiça, em primeiro lugar, significa que cada um deve ter tudo aquilo que é necessário para que sua dignidade seja respeitada integralmente;


2) cada um deve receber de acordo com os seus atos - vale ressaltar que, aqui justiça distingue-se claramente de vingança.


Na Bíblia, a justiça é restauradora, ou seja, a sua preocupação não é com a punição, todavia, com a superação dos problemas e a conversão

daqueles que erram, porque, visivelmente todo ato de injustiça é por natureza um ato de egoísmo, consequentemente, pecado.


Roguemos ao Deus da Esperança que nos proporcione uma experiência de renovação durante todo esse tempo quaresmal e, que imbuídos pelo Espírito Santo, reconhecendo os atos de desamor, cultivemos nós, uma vida de paz e jsutiça!