domingo, 8 de março de 2009

Pausa Poética...


Poema do amigo aprendiz



Quero ser o teu amigo.

Nem demais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.

Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,

Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.

Sem forçar tua vontade.

Sem falar, quando for hora de calar.

E sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente, nem presente por demais.

Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo,

mas confesso é tão difícil aprender!

E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças,

Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...


(Fernando Pessoa)

Estou pensando em Deus...


Frases da Semana...

"A felicidade não está em possuir mais dinheiro, mas na alegria de conseguir o almejado, na excitação do esforço criativo." [ Roosevelt ]

"O unico homem que nao erra e aquele que nunca faz nada." [ Roosevelt ]

"É melhor coxear pelo caminho do que avançar a grandes passos fora dele. Pois quem coxea no caminho, ainda que avance pouco, atem-se à meta,enquanto quem vai fora dele, quanto mais corre, mais se afasta." [ Santo Agostinho ]

"Quem não teve atribulações para suportar, é porque não começou a ser cristão para valer." [ Santo Agostinho ]

"Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem." [ Sócrates ]

"Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará." [ Sócrates ]

"O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio." [ Jean-Paul Sartre ]

|P|A|U|S|A|

"É muito melhor lançar-se à luta em busca do triunfo, mesmo expondo-se ao insucesso, do que formar fila com os pobres de espírito, os quais nem gozam muito, nem sofrem muito, pois vivem nessa penumbra cinzenta e que não conhecem nem vitória, nem derrota" (Roosevelt).

Mestre é bom estarmos aqui!


A liturgia que hoje celebramos é um contraste, eu diria, com o Tempo que estamos a vivenciar: a Quaresma. Toda a liturgia de um modo geral, tende a evidenciar a Glória de Deus, testemunhada em Jesus no Tabor. Primeiramente, essa glória de Jesus presenciada pelos discípulos no Tabor, é-nos apresentada como um antegozo da sua ressurreição, animando-nos e alentado-nos neste caminho quaresmal.


Durante esta caminhada que se desenvolve numa tríplice perspectiva (oração, penitência e caridade) nós podemos através de tal relato, contemplarmos a prefiguração do grande acontecimento da nossa fé: a Ressurreição, esta que não fora compreendida de imediato por aqueles que estavam com o Mestre no Monte Tabor. E aqui, eu vos chamo à atenção para "subir ao monte"... Isto é, ir ao encontro de Deus através da oração e da penitência. Subir signica ascender de uma realidade à outra! É-nos feito tal convite: sair de nós mesmos e nos encontrar-mos em Deus que se manifesta plenamente em Jesus Cristo, Nosso Senhor. E, em se falar de manifestação, é de se perceber que Deus manifesta-se aos olhos dos discípulos e o sinal é a nuvem, símbolo do Espírito Santo. Ocorre, pois, o que chamamos de 'teofania', manifestção divina... É Deus mesmo, que se manifesta!


Já as leituras anteriores, a primeira quer nos chamar à atenção para o cumprimento da lei. A obediência cega à Lei, que exprime a vontade de Javé, é premiada, conforme o modelo de Abraão. Esta concepção é prenhe de violência, particularmente quando a premiação é a conquista das cidades dos inimigos e a supremacia sobre todas as nações da terra. Porém, sob outro ponto de vista, pode-se ver na transfiguração a revelação da condição divina de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, na simplicidade de seu convívio entre nós. Os discípulos devem perceber em Jesus a nova condição humana glorificada pela encarnação do Filho de Deus. Não se trata de esperar um messias poderoso, mas, sim, de reencontrar a dignidade e a grandeza da condição humana, em tudo que ela tem de justo, bom, verdadeiro e belo. Ao entrarmos em comunhão de amor com Jesus e com o próximo, Deus é glorificado e nos é comunicada sua vida divina e eterna.


A segunda leitura não muito distantamente, através de uma ótica messiânica-escatológica, a transfiguração seria o prenúncio da ressurreição, como coroação dos sofrimentos de Jesus em sua Paixão. Jesus é rei e o seu trono é a cruz; Cruz esta, que rememora o trono da Glória de Deus.


Tal como Jesus, durante essa Quaresma, devemos experimentar a transfiguração... É preciso ser transfigurados pelo Espírito para gozarmos de uma nova vida, onde o ápice dar-se-á na Páscoa de Jesus. É lá que nós poderemos gozar da total transfiguração, nos tornando novas criaturas.


Por fim, isso nos revela a dimensão do amor de Deus, da sua paixão pela humanidade, do seu compromisso salvífico em nosso favor! Ele pode nos pedir tudo, caríssimos, e nós deveríamos dar-lhe tudo, porque, ainda que não compreendamos, ele deseja somente o nosso bem, a nossa vida, a nossa salvação. Somos preciosos a seus olhos! Escutai o Apóstolo: "Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus que não poupou seu próprio filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo juntamente com ele? Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? Quem condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou, e está à direita de Deus, intercedendo por nós?” Eis, pois, amados em Cristo, a dimensão e a profundidade, a largura e a altura do amor de Deus por nós! Deixemo-nos, portanto, tocar no nosso coração; convertamo-nos! Abramo-nos para o Senhor! Arrependamo-nos de nossas indiferenças, de nossa frieza, de nosso fechamento! Tenhamos vergonha de tanta incredulidade e desconfiança de Deus, simplesmente porque não entendemos seu modo de agir! Que Santo Abraão, nosso pai na fé, e a Santíssima Virgem Maria, nossa Mãe na fé, intercedam por nós para uma verdadeira conversão quaresmal. E que, realizando com generosidade a amor, as práticas quaresmais, cheguemos às alegrias da Páscoa e contemplemos nos santos mistérios da Liturgia, a face do Cristo glorificado.

Evangelho de Domingo - Mc. 9, 2-10


+ Dominus Vobiscum!


"Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de deixar. E os três discípulos viram Elias e Moisés conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus: - Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias. Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu, e dela veio uma voz, que disse: - Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz! Aí os discípulos olharam em volta e viram somente Jesus com eles. Quando estavam descendo do monte, Jesus mandou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse. Eles obedeceram à ordem, mas discutiram entre si sobre o que queria dizer essa ressurreição". - Palavra da Salvação!

Dies Domenica!


"Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade" (Sl. 117, 24).