terça-feira, 27 de setembro de 2011

Voce existe

Eu não sei o que me deu
Quando voce sorriu.
Apenas sei que vi a luz no que era breu.

Não sei ao certo,
Porque mesmo distante
Meu coração se tornou tão perto.

Não sei bem
O que esse sorriso tão lindo,
O que enfim ele contém.

Apenas posso dizer
Que tudo se alegra,
Quando eu penso em voce.

Ainda bem que voce existe,
E mesmo só,
Não mais posso me sentir triste.


Luiz Felipe P. de Melo
27/09/2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

REFLEXÕES SOBRE O QUE É FELICIDADE

                Se acaso hoje fosse questionado acerca do que é a felicidade, diria que é algo inexplicavelmente perturbador! Sim, perturbador! É justamente a “força” que nos incita à busca concreta da realização de tantos ideais. Ideais que nos servem de “guias”, com os quais trilhamos nosso caminho sobre a face da terra.
            Felicidade é quem sabe aquilo que nos motiva, nos impulsiona a revertermos tantos “quadros penumbres” na parede de nossa fugaz existência, nas mais belas e expressivas representações. A felicidade representa o momento exato em que o nosso espírito contempla a perfeição – mesmo sendo esta apenas passageira, cá na terra. A felicidade é conjunto! Mas, paradoxalmente, é também unidade!
            Felicidade é exatidão momentânea! É o minuto despercebido! Felicidade é quando nos abraçamos e, ao sentir o outro a nos tocar, desperta em nós uma sede de infinito. Felicidade é a possibilidade do encontro. É, quiçá, a narrativa mais real e concreta daquilo que tanto almejamos e enfim possuímos. Felicidade é a “inverbalização” do ontos. A felicidade se traduz na capacidade humana da plena realização, pois, todo nosso peregrinar só terá finitude na “transdimensionalidade”. Paradoxo ao entendimento humano! Loucura para os descrentes! Mas, a vida nada mais é do que pura contradição! Não há maior contradição do que viver em “preparação” à ausência da vida: a morte!
            Felicidade é o suspiro dado! O alívio sentido! O amor expressado! Felicidade é a maneira pela qual o homem diz a si mesmo: vale a pena viver! Felicidade é o desfecho histórico mais perfeito, mais sublime! Felicidade é a memória constante e insistente do que foi bom e merece ser re-vivido!
            Que mais poderia se dizer? Felicidade é a oportunidade de findar-nos nos braços de quem amamos e, nos esquecendo de nós mesmos, podermos nos encontrar naquele por quem palpita o nosso coração. Felicidade é a atitude do vivente em resposta tão eloqüente aos apelos e subterfúgios dos que não amam, nem querem ser amados!
            Felicidade é contemplar face à face a quem amamos e, num único desejo, rendê-lo em nosso abraço. Felicidade é a banalização da realização! Felicidade é o critério perspicaz para se pensar se é isto ou aquilo. Felicidade é o que no momento estou sentindo! E isso é só!

Luiz Felipe P. de Melo.
24/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

E pensando no que pensar... apenas permaneço pensando em ti!

Tudo ao seu tempo!

E eu que pensei que já havia experimentado todo o tipo de sentimentos! Que até então já estava “vacinado” das paixões! Que não mais me encantariam os brilhos desse mundo... Etc! Mas, voce chegou e, enfim, tudo mudou! Transformou! Abriu! Sim, abriu as portas daquele que outrora eu havia fechado: o coração!
 
Despertasses a chama adormecida! Acumulastes minh’alma desejosa de sonhos e desejos! Penetrastes o mais íntimo de meu ser e, não contente em possuir-me, desejastes aprisionar-me em tuas cadeias!

Levaste-me ao desconhecido, ao inimaginável mundo teu! Dos olhos seus!Mundo de encantos e mistérios! Mundo ainda pouco povoado! Do nada chegastes e logo – em mim – encontrasses abrigo! Deixei abrigar-te! Ofereci o que melhor de mim existe... e de ti? Espero fidelidade! Ao menos reciprocidade!

Espero, verdadeira e fidedignamente, um amor eterno! Não eterno que possui começo e fim, mas, Eterno – reflexo do amor divino! De mim... espere o mesmo! Espere um homem que, busca acima de tudo, ser paciente, zeloso, amoroso, poético, romântico.

Espere um alguém demasiadamente calejado de tantos amores insensatos e tresloucados que levaram-no a uma doação total e a um prejuízo imenso! Entretanto, com tais experiências, muito aprendeu.

Bem, por aqui vou findando! Sabendo e amando um alguém com quem sonho e desejo!
Amando talvez aquele por quem minh’alma triste e isolada buscava na noite escura de meu existir!

Luiz Felipe P. de Melo.
Recife-PE,  14 de setembro de 2011.

domingo, 11 de setembro de 2011

Mistério

És capaz de unir a terra ao céu.
Teu brilho dissipa toda a treva,
E retira todo véu.

És capaz de retirar-me de mim mesmo
E lançar-me em teus abismos,
Oh, Lindo céu.

És capaz de aprisionar-me,
Nos teus braços infinitos
E ali pra sempre findar-me.

És capaz de parar meu mundo,
De acabar com tudo,
E num único segundo me arrepiar.

És capaz de me roubar de mim,
Escondendo-me,
E me mandar para o teu sem-fim.



Luiz Felipe P. de Melo.
12 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Filho do Sol


Eu, navegando só,
À procura de um novo porto,
Deparei-me em ti!
E sem saber o que fazer,
Meio ‘desbaratinado’,
Não hesitei.
Apenas aportei,
Lancei-me neste novo cais.
E como consequência,
Não mais me vi, senão em ti!

Como louco,
Dia e noite a vagar
Por entre os teus labirintos,
Eis, que me vou descobrindo
E redescobrindo.
Vou procurando,
O que antes havia perdido.
E contemplando uma nau e outra,
Dou-me conta que voce é meu porto seguro,
És meu abrigo.

E viciado no teu olhar,
Vou olhando, desejando
E apenas me contentando
Com a distância que insiste
E persiste em me - de ti – distanciar.
Louco! Aguçado! Perdido!
Desvalido, estou eu!
Sem o teu sorriso, tudo me é breu!

Oh, noite escura
Se vá para longe de mim!
Traga-me o quanto antes,
Aquele por quem vivo assim.
Vá até o sol, ou mesmo Iguaraci,
Mas, traga-me de volta a alegria que por lá perdi!
Traga-o para mim,
E a ele serei fiel sem-fim!



Luiz Felipe P. de Melo.
10/09/2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cobiça

Quem me dera trazer-te
Dos sonhos à realidade.
Quem me dera beijar-te
E tê-lo de verdade.

Quem me dera tocar-te
E findar-me em teus braços.
Quem me dera que não fosse sonhos
Estes teus encantos, os teus laços.

Quem me dera ter inspiração
Capaz de te levar ao céu.
Quem me dera provar de teus beijos,
De teus lábios de mel.

Quem me dera perder-me
Em tuas mãos.
Quem me dera de verdade
Somente em teu coração.

Luiz Felipe P. de Melo.
Madrugada do dia 07 de setembro de 2011.