quarta-feira, 11 de março de 2009


Veja!

Não diga que a canção

Está perdida

Tenha em fé em Deus

Tenha fé na vida

Tente outra vez!...


Beba! (Beba!)

Pois a água viva

Ainda tá na fonte(Tente outra vez!)

Você tem dois pés

Para cruzar a ponte


Nada acabou!

Não! Não! Não!...

Oh! Oh! Oh! Oh!


Tente!

Levante sua mão sedenta

E recomece a andar

Não pense

Que a cabeça agüenta

Se você parar

Não! Não! Não!Não! Não! Não!...


Há uma voz que canta

Uma voz que dança

Uma voz que gira(Gira!)

Bailando no ar

Uh! Uh! Uh!...


Queira! (Queira!)

Basta ser sincero

E desejar profundo

Você será capaz

De sacudir o mundo

Vai!


Tente outra vez!

Humrum!...


Tente! (Tente!)

E não diga

Que a vitória está perdida

Se é de batalhas

Que se vive a vida

Han!

Tente outra vez...

Estou pensando em Deus...


Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,

miserere nobis.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,

miserere nobis.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,

dona nobis pacem.

Radicalidade: eis a solução!


Partimos, agora, para a radicalidade nos desejos, que, muitas vezes, nos enganam e nos levam à perdição. Na sua profundidade os desejos não são pecados, mas podem se tornar um grande meio para que eles ocorram. Desejos significam: vontade de possuir ou de gozar; anseio, aspiração, entre outros, e estão ligados ao agir humano, pois revelam o mais profundo do homem. Desvelam o homem e expõem a sua intimidade, aquilo que, muitas vezes, está oculto no mais profundo do seu ser.





Todos nós temos desejos por alguma coisa, nossa vida gira em volta de alguns desejos que temos. Quem não deseja ser feliz ou fazer o outro feliz? Isso já está dentro de cada um, mas os nossos desejos foram feridos pelo pecado e passamos a entregá-los à ação do mal. Quando nos entregamos aos maus desejos e às paixões desordenadas caímos no pecado, pois o desejo do mundo presente é a nossa perdição. O maior desejo do demônio é nos ver no inferno, longe da graça de Deus.





Veja se dentro de você existem somente desejos para o bem e para a pureza. Geralmente, queremos aquilo que o nosso corpo deseja ou vai satisfazer os prazeres carnais. “A carne, em seus desejos, opõe-se ao Espírito e o Espírito à carne; entre eles há antagonismo; por isso não fazeis o que quereis” (Gl 5, 17). Por isso, não podemos seguir os desejos de nossa carne.





Precisamos ter somente desejos por Deus e pelas coisas do alto. Inclinando os nossos desejos para o alto e buscar a Deus. Não nos deixemos ser seduzidos pelos desejos humanos nem ser influenciados pelos outros. Canalizemos tudo para o Senhor. Desejemos o céu.





O amor deve ser o desejo maior do nosso coração: “O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo” (Catecismo da Igreja Católica – CIC, n. 1765). Desejamos o mal e aquilo que nos leva para longe do Senhor porque ainda não experimentamos o amor de Deus em nossas vidas, que é capaz de preencher toda solidão e ausência de desejo pelo bem. “ […] A graça desvia o coração dos homens da ambição e da inveja e o inicia no desejo do Sumo Bem; instrui-o nos desejos do Espírito Santo que sacia sempre o coração do homem” (CIC n. 2541).





Há dentro de cada ser humano o desejo de buscar a Deus e a bem-aventurança. “As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo a si, pois só Ele pode satisfazê-lo” (CIC n. 1718).





Cabe a nós purificar os nossos desejos de toda impureza e somente buscar o desejo de Deus para a nossa vida, que é a nossa santificação. Isso não quer dizer que todos os nossos desejos sejam maus, mas é necessário purificar os [desejos] que nos afastam de Deus e que não nos levam à santidade. Quando desejamos algo precisamos ver se isso está de acordo com a vontade divina para então realizá-lo.





Da mesma forma, os sentimentos, muitas vezes, nos enganam e nos levam a nos perdermos neles. Pois o sentir não é pecado, mas o consentir. Não podemos confundir amor com sentimentos. O amor não é só sentimento, mas adesão e iniciativa. O sentimento pode ser consequência das emoções. E é preciso radicalidade nos desejos e sentimentos que são traiçoeiros e enganadores, pois vêm de maneira rápida e desaparecem de repente.




O sentimento é sensibilidade e nos tornamos sensíveis de acordo com determinadas situações. É um estado de espírito. E não podemos usar de sentimentos no nosso relacionamento com Deus.

O nosso relacionamento com o Senhor precisa ser concreto e radical, não viver de sentimentalismo. Purifiquemos os nossos sentimentos de toda impureza.




Luiz Felipe P. de Melo.

11/03/2009.

|P|A|U|S|A|

"O encontro com Deus não só coloca o ser humano na presença do Absoluto, plenifica-o e transforma a sua vida" (André Ridouard).

Hoje, 11 de março de 2009: Dia de São Constatino!




Constantino faz parte da heróica história do cristianismo na Escócia. Ele era rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e se casou com a filha do rei da Bretanha. Depois se tornou o maior evangelizador de sua pátria e o responsável pela conversão do país.


O rei Constantino não foi um governante justo, até sua conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, em sua terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da esposa.


Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Mas quando soube da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que decidiu transformar sua vida.


Primeiro abriu mão do trono em favor de seu filho, depois se converteu, recebendo o batismo. Em seguida se isolou no mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio. Os ensinamentos de Columbano, que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em missão apostólica, o levaram a se ordenar sacerdote. Assim, partiu para evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a época em que era rei, para a conversão do seu povo.


As atitudes de Constantino passaram a significar um pouco de luz no período um pouco turbulento, como foi a Idade Média. A Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja, e outros religiosos.


Constantino que recebera orientação espiritual de Columbano não usava os mantos ricos dos reis e sim o hábito simples e humilde dos padres. Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos.


Sua terra, antes conhecida como "o país dos Pitti", assumiu o nome de Escócia, que até então pertencia a Irlanda. Porém, antes de se tornar um estado católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado. Foi justamente lá que, quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente, amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a cada um de seus seguidores.


Morreu no dia 11 de março de 598, e se tornou o primeiro mártir escocês. O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua anglo-saxônica, atingiu a Europa e se propagou por todo o mundo cristão, ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu martírio.

Uma pipa no céu...; por Pe. Fábio de Melo scj






A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.Seguir leve é desafio.




Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.




Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.




Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.




Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.




O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.




Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...Por fim, ele tenta mais uma vez.




O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...



Pe. Fábio de Melo, scj