quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pausa Poética...

"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito"(Fernando Pessoa).

Música do dia...


O céu está no chão

O céu não cai do alto

É o claro, é a escuridão


O céu que toca o chão

E o céu que vai no alto

Dois lados deram as mãos


Como eu fiz também

Só pra poder conhecer

O que a voz da vida vem dizer


Que os braços sentem

E os olhos vêem

Que os lábios sejam


Dois rios inteiros

Sem direção

O sol é o pé e a mão


O sol é a mãe e o pai

Dissolve a escuridão

O sol se põe se vai


E após se pôr

O sol renasce no Japão

Eu vi também


Só pra poder entender

Na voz a vida ouvi dizer

Que os braços sentem...

Estou pensando em Deus...


Credo in unum Deum,Patrem omnipotèntem, factòrem caeli et terrae,visìbilium òmnium et invisibìlium.Et in unum Dòminium Iesum Christum,Fìlium Dei unigènitum,et ex Patre natum ante òmnia sàecula.Deum de Deo, Lumen de Lùmine, Deum verum de Deo vero,gènitum, non factum, consubstantiàlem Patri:per quem òmnia facta sunt.Qui propter nos hòmines et propter nostram salútemdescèndit de caelis.
Et incarnàtus est de Spìritu Sanctoex Marìa Vìrgine, et homo factus est.Crucifìxus ètiam pro nobis sub Pòntio Pilàto;passus et sepùltus est,et resurrèxit tèrtia die, secùndum Scriptùras,et ascèndit in caelum, sedet ad dèxteram Patris.Et ìterum ventùrus est cum glòria, iudicàre vivos et mòrtuos,cuius regni non erit finis.Et in Spìritum Sanctum, Dòminum et vivificàntem:qui ex Patre Filiòque procèdit.Qui cum Patre et Fìlio simul adoràtur et conglorificàtur;qui locùtus est per prophètas.Et unam, sanctam, cathòlican et apostòlicam Ecclèsiam.Confìteor unum baptisma in remissiònem peccatòrum.Et exspècto resurrectiònem mortuòrum,et vitam ventùri saèculi.

Amen.

Amizade: um sentiment forte, mais forte que a morte!


Surge bem de mansinho

Quando duas pessoas

Se conhecem


Se for fraca ninguém lembra

Se duradoura ninguém esquece

Pois o verdadeiro amigo nos ajuda a viver

Apaga o nosso medo

Nos da força e confiança


Com cuidado guarda segredos

Na tristeza nos consola

Nas horas de frio nos da calor


Nos acompanha na boa e na má hora

E na vida nos da amor

Com carinho sempre nos ampara


Com alguma coisa boa nos faz surpresa

Sempre nos livra de enrrascadas

E está conosco na alegria e na tristeza


Por isso nunca devemos magoá-los

E se fizermos isso devemos sim, p

Pedir perdão


Pois uma linda amizade

Não se joga fora

Se guarda no fundo do coração.


Luiz Felipe P. de Melo.

27/09/2008.

|P|A|U|S|A|







"A consciência é a última e mais tardia evolução da vida orgânica e, por conseguinte, o que nela existe de menos acabado e de mais frágil." [ Friedrich Nietzsche ] .

Hoje, 13 de fevereiro do ano da graça de 2009: Dia de São Matiniano...



Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo". Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro.


Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos.


A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos.


Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã. Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir. Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. O que logo aconteceu, ela então utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada à Deus.


Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante.


A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo. O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado.


Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.


São Martiniano: Modelo de fé, amor e doação ao Cristo e ao Seu Projeto!!!

Eu e eu mesmo!


Pensei que a vida fosse

Uma simples brincadeira.

Coisas de um menino-moleque,

Talvez de alguém que muito sonhou,

De alguém que muito amou.

Sentia-me onipotente ante

Todas as coisinhas do dia-a-dia.

Mas cresci...

Muito eu aprendi.

Aprendi a me valorizar,

A amar as pessoas como elas são...

Com os seus defeitos e qualidades.

Compreendo que sou hoje

Resultado de uma somatória de experiências

De um passado triste e tenebroso.

Sou hoje o que não consegui ser ontem,

E jamais o que fui a um mês, a um ano...

Sou dialético, contraditório.

Sou humano (de mais)

Erro e me apixono de mais.

Sou os sonhos de uns,

A realização de tantos,

O desejo de muitos,

Sou o pesadelo de vários.

Sou e consigo ser o que quero,

Como eu quero, com quem eu quero,

A hora que quero.

Sou o desafio que se lança no céu

A cada manhã...

Sou o respiro e o suspiro.

Sou um aventureiro...

Um real desbravador numa

Nal em alto mar.

Me descubro, me redescubro...

Às vezes eu mesmo me invento,

Me supreendo.

Aff...

Tem dias que nem eu mesmo me aguento!

Porém é assim...

Coisas da vida..

Dessa minha vidinha monótona.

Sou quem sabe o que eu ainda não sei,

O que ainda não inventei,

E talvez o que já tentei...

O que já sonhei e já amei.

Talvez eu seja mais um

Em meio a tantos...

Num mundo cada vez mais incrédulo,

Cada vez menos humano...

Onde o ser

Dá lugar ao ter.

E onde cada vez mais as pessoas estão desiludidas,

Confusas, pertubadas, distraídas...

Aqui me encontro...

Em meio ao corre-corre do dia-a-dia...

Parado, tarde da noite a descrever e refletir

Meus pensamentos e anseios

Nesta pequenina telinha mágica.



Luiz Felipe Pereira de Melo.

Madrugada de 13 de fevereiro de 2009.