domingo, 28 de agosto de 2011

Sem ti, vida minha, vejo-me cativo!




Em mais uma noite escura e fria,
Lancei-me sobre as ruas da cidade
Em busca, quem sabe,
Daquele por quem meu peito palpita.
Quiçá, em busca daquilo que já havia perdido
Há certo tempo, cujo nome
Está inscrito nas paredes do passado.
Parece-me, pois, que outrora se intitulava
De Felicidade.
Mas, a final, ela existe?
Creio que sim!
Anda por aí, perdida e loquaz.
Convence-se fácil quem pensa
Que a retém.
Porém, se entristece com maior rapidez
Quem percebe que a mesma é apenas um fluído.
Alegro-me, pois, em intuir que
Outrora já a conheci.
Animo-me também, porque acredito
Ser mais fácil agora encontrá-la.
É por isso mesmo
Que agora parto...
Parto por estas ruas tão torpes,
Tão fugazes e entediantes,
A procurar quem antes eu havia encontrado,
E que por um descuido, ela de mim se perdeu.
Eis, pois, minha agonia latente,
Minha perturbação-existente!
Oh, cruel vida! Oh, crueldade de vivente!

Luiz Felipe P. de Melo.
Domingo/ Recife, 28 de agosto de 2011.