sábado, 28 de fevereiro de 2009

Música do dia...

Antes de você entrar na minha vida
De se decidir por mim
Por minha história
Haverá de ter clareza de saber bem
Quem eu sou
Pra depois não me dizer
Ter se enganado
Eu não posso ser o que você quiser
Sou bem mais do que os seus olhos
Podem ver
Se quiser seguir comigo
Eu lhe estendo a mão
Mas não pode um só momento
Se esquecer
Sou consagrado ao meu Senhor
Solo sagrado eu sei que sou
Vida que o céu sacramentou
Marcas do eterno estão em mim
Antes do seu amor chegar
Um outro amor já me encontrou
E me envolveu com tanta luz
Que já não posso me esquecer
Se mesmo assim quiser ficar
Seja bem vindo ao meu lugar
À este coração que resolveu
Plantar-se inteiro em Deus
E hoje não quer mais se aprisionar
Eu lhe peço que me ajude
A ser mais santo
Que por vezes me esqueça no meu canto
É que a minha santidade
Necessita solidão
Só assim minha presença
É mais saudável
Não me peça o que de mim
Pertence a Deus
Nem dê mais do que eu preciso receber
Ser amado em excesso
Faz tão mal quanto não ser
Eu lhe peço que me ajude a ser de Deus

Deus nos fala!


"Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão" (Lc. 5, 32).

Pausa Poética...


DAS UTOPIAS

"Se as coisas são inatingíveis... ora!Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas" (Mário Quintana).

Somos chamados à praticar o Amor!






Um fato conhecido por todos é que muito tem se abordado e discutido sobre a temática do Amor.


Mas nunca é demais, por exemplo, parar para refletir porque que todos os outros bons sentimentos plantados no coração do homem, bebem necessariamente dessa fonte.




É interessante notar também como em nossas relações o sonho de Deus parece-nos difícil de realizar. Muitos já não se percebem mais como essencialmente inclinados ao Amor. Perdeu-se aos poucos aquela gratidão pela existência do outro. Costumamo-nos a amar se assim o fizerem conosco. Talvez esteja aí a resposta do motivo da desconfiguração do Amor.Gosto de pensar no Amor Ágape.




Acredito ser esse o ápice do desejo de Jesus por nós. O Ágape nos revela a gratuidade do amor, nos ensina a amar não somente a partir da nossa sede, mas da fonte que corre. A Encarnação do Verbo traduz para a humanidade inteira o Ágape que brota do coração de um Deus que se dá em amor, mesmo sabendo que de alguns nada poderia receber em troca. Uma verdadeira atitude “kenótica” (Fl 2, 7), um rebaixamento, uma sublime inclinação.Curioso também é como os bambus nos remota à compreensão deste Ágape.




Já me explico: A beleza dos bambus é revelada à medida que estes vão crescendo, contemplando as alturas e respectivamente se inclinando. Em alguns lugares vemos bambus plantados de um lado e outro que crescem separados por um caminho, uma estrada e se inclinam um ao outro; um verdadeiro ensinamento de que o dar-se em amor é encontrar-se com o outro sem perder a singularidade, a própria essência. Aí está a beleza... a beleza de um amor.E Deus não faz diferente. Ao contrário, Ele opta por vir ao encontro do homem. Dar cor e sabor a essa beleza de Amor sem igual.


Esse amor de tão belo que é, faz Santo Agostinho refletir em seus colóquios: “Sero te amavi oh pulchritudo tan antiqua et tan nova”. (Tarde te amei, oh beleza tão antiga e tão nova). Precisamos fazer da experiência agostiniana, a nossa. Compreender que somos vocacionados ao Ágape, uma vez que Ele se inclina ao encontro de nosso coração. Voltar ao primeiro Amor – eis o imperativo.




Que nos permitamos, portanto dar-nos sem reservas, sem medidas, inclinar-nos em amor a Deus e ao próximo. O mundo anseia por pessoas que façam este Ágape acontecer. E Deus não porque precise, mas porque acredita nessa nossa vocação, conta conosco!



Luiz Felipe Pereira de Melo.

Recife, 28 de fevereiro de 2009.

|P|A|U|S|A|


"Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível" [ Albert Einstein ] .

Sábado, 28 de fevereiro do ano da graça de 2009: Dia de São Romano!




Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França.


No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.


Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas.


Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.


Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.


A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres.


Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.


O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

VIVEMOS UM NOVO TEMPO...

TEMPO DE DESERTO...
O Tempo da Quaresma, deve ser para nós um tempo propício a reflexão individual. Devemos, sobretudo, nos silenciar... Procurar-nos internamente! É um tempo de silêncio intenso; o ambiente eclesiástico, tal como todas alfaias e ornas deve ser despojado, simples e, reservado inteiramente à Alegria Pascal.


A Quaresma é o tempo que precede e dispõe à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais frequente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (ver Mt 6,1-6.16-18).


De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor.


Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um período especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.


A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.


A Quaresma é um dos quatro tempos fortes do ano litúrgico e isso deve ver-se refletido com intensidade em cada um dos detalhes de sua celebração. Quanto mais forem acentuadas suas particularidades, mais frutuosamente poderemos viver toda sua riqueza espiritual.


Portanto, é preciso se esforçar, entre outras coisas:

- Para que se capte que neste tempo são distintos tanto o enfoque das leituras bíblicas (na Santa Missa praticamente não há leitura contínua), como o dos textos eucológicos (próprios e determinados quase sempre de modo obrigatório para cada uma das celebrações).

- Para que os cantos sejam totalmente distintos dos habituais e reflitam a espiritualidade penitencial, própria deste tempo.

- Por obter uma ambientação sóbria e austera que reflita o caráter de penitência da Quaresma.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Música do dia...

Quando invocar, eu atenderei,
Na aflição com ele estarei;
Libertarei, glorificarei,
Minha salvação eu lhes mostrarei!

1. Tu que moras sob a sombra
Do senhor onipotente,
Lhe dirás em confiança:
"meu refúgio, meu batente,
Só em ti é que eu confio!
"E ele vem tão fielmente
Te livrar do caçador
E da peste inclemente.

2. Vai cobrir-te com tuas pernas,
Em suas asas tu te abrigas,
O seu braço é teu escudo,
Armadura em que te fias.
Não terás o que temer
Nem de noite, nem de dia,
Venha a flecha e o terror,
Venha a peste, epidemia...

3. Caiam mil junto de ti
E dez mil vem ao teu lado,
Nada vai te atingir,
Não serás prejudicado...
Com teus olhos hás de ver
Qual dos maus o resultado;
No senhor tens teu refúgio,
Nenhum mal terás passado!

4. o senhor mandou seus anjos
Pra teus passos vigiarem;
Eles te sustentarão
Pra teus pés não tropeçarem...
Os perigos mais temidos
Sem temor vai enfrentá-los;
"já que a mim se confiou,
Cuidarei de resguardá-lo!"

Estou pensando em Deus...


"Eu sou a luz do mundo" (Jo. 8, 12).

|P|A|U|S|A|


A miséria do mundo extarnaliza-se na miséria do povo; na inveja; na corrupção; no imperativismo; no solipsismo agudo; na hipocrisia...

(Luiz Felipe Pereira de Melo).

Estou pensando em Deus...


Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!





Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente


Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!






SALMO DO DIA




Para que sofrer sozinho?




“Naquele dia em que gritei , vós me escutastes, ó Senhor” (Sl 137).



Como o salmista, ao longo de todo este dia, lancemos um grito ao Senhor, em todas as circunstâncias. Talvez até achemos que somos capazes de resolver todas as coisas sozinhos, mas é um engano pensarmos assim. Precisamos e dependemos do auxílio do Senhor.

“Naqueles dias, a Rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúfio no Senhor. Prostrou-se por terra desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: Deus de Abrãao, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor” (Ester 4,17).

A nossa atitude precisa ser também como a da Rainha Ester que, em meio ao perigo, buscou refúgio no Senhor e não nas coisas, nas pessoas e nos bens que possuía, e muito menos nas suas próprias forças, porque o único auxílio eficaz para a nossa vida é o que vem do Senhor.

Aconteça o que acontecer neste dia de hoje, lancemos um grito ao céu: Senhor, salva-me, livrai-me do mal.

27 de fevereiro de 2009: Dia de Santo Gabriel de Nossa Senhora das Dores




No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.


Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas.


Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos.


Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.


As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.


Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.


São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.


O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão.


A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

Desabafos...


Eu nunca serei o que os outros querem que eu seja. Nem tão pouco, farei aquilo que os outros esperam que eu faça, ou muito menos, aquilo que os outros esperam que eu seja. Não posso enganar-me; não posso combater as minha ânsias, os meus desejos... É de saber-se que sou um ser de vontades, movido intensamente por estas. Sou completamente passional; por vezes, instantâneo; momentâneo... Inexoravelmente uno. Sou, talvez, incomparável!


Eu nunca conseguirei realizar ninguém por completo, pois, tenho a compreensão que todos somos incompletos... Nem eu mesmo consigo realizar-me por completo. Mesmo tentando, eu sempre tenderei ao erro, porque somente em essência eu sou perfeito e não consigo com tanta clareza manifestar a perfeição aos que me cercam. Ninguém julga-me por aquilo que realizo de bom, mas, sempre por aquilo que deixei de fazer; por minhas fraquezas... É notório, que como qualquer ser humano, eu também sou um ser limitado, falho! Sou pequeno, frágil (de mais)!


Mesmo esforçando-me ao máximo, nunca saberei de tudo. Nunca poderei mentir ou ludibriar a mim mesmo... Nunca falarei de coisas que eu não sei somente para me destacar. Sou honesto comigo mesmo, não sou tão sábio a tal ponto que não deseje saber mais, que não mais leia, etsude, pesquise... Sei muito pouco ou quse nada. E, em se tratar da vida... Nada sei! Sei que vivo (e isso é tudo)... Sei também o quanto já sofri para chegar aonde cheguei. Talvez para uns nada fiz... Mas isso (na minha opinião) é fruto de um sentimento "indesejoso": a inveja! Abomino tal sentimento.


É fácil encontrar erros em mim; difícil é torná-los - aos olhos do coração - em virtudes. É muito bom escutar elogios verdadeiros; difícil é elogiar constante e sinceramente... Bom de mais é ser aceito, entendido, valorizado, respeitado... querido! Pena que tão poucos me veem com os olhos do coração... Somente me veem com os olhos de um racionalismo unilateral, arbitrário, preconceituoso. Como a vida passou a ser excludente!


Aprendi, com o passar do tempo, que em nossas defasadas relações humanas buscamos nos outros aquilo que não temos e aquilo que gostaríamos de possuir... É sempre assim, buscamos nos outros aquilo que não temos em-nós, aquilo que nos falta para a nossa realização antropológica. Mas, pobre de nós! Jamais encontraremos a perfeição que buscamos em nenhuma pessoa humana... Isso é antropomorfiso teológico. Só Deus contém em-Si toda a perfeição, toda magnitude e toda a beleza... Só Deus!!!


Luiz Felipe P. de Melo.

Recife, 27 de fevereiro de 2009.




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Deus nos fala!


"Clamei pelo Senhor, e ele me ouviu: salvou-me daqueles que me atacam.
Confia ao Senhor os teus cuidados, e ele mesmo te há de sustentar" (Sl 54, 17-20.23).

Estou pensando em Deus...



Oração do dia:

Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.

|P|A|U|S|A|


"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência" [ Ghandi ] .

Deus nos fala!


"Convertei-vos e credes no Evangelho" (Mc. 1, 15).

Virou Notícia


Mensagem do Papa por ocasião da Campanha da Fraternidade


Vaticano


O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), por ocasião da Campanha da Fraternidade 2009:


"Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2009, está destinada a considerar o lema "A paz é fruto da justiça". É um tempo de conversão e de reconciliação de todos os cristãos, para que as mais nobres aspirações do coração humano possam ser satisfeitas, e prevaleça a verdadeira paz entre os povos e as comunidades.


Meu Venerável predecessor, o Papa João Paulo II, no Dia Mundial da Paz de 2002, ao ressaltar precisamente que a verdadeira paz é fruto da justiça, fazia notar que "a justiça humana é sempre frágil e imperfeita" devendo ser "exercida e de certa maneira completada com o perdão que cura as feridas e restabelece em profundidade as relações humanas transtornadas".


O Documento final de Aparecida, ao tratar do Reino de Deus e a promoção da dignidade humana, recordava os sinais evidentes da presença do Reino na vivência pessoal e comunitária das Bem-aventuranças, na evangelização dos pobres, no conhecimento e cumprimento da vontade do Pai, no martírio por causa da fé, no acesso de todos os bens da criação, e no perdão mútuo, sincero e fraterno, aceitando e respeitando a riqueza da pluralidade, e a luta para não sucumbir à tentação e não ser escravos do mal.


A Quaresma nos convida a lutar sem esmorecimento para fazer o bem, precisamente por sabermos como é difícil que nós, os homens, nos decidamos seriamente a praticar a justiça - e ainda falta muito para que a convivência se inspire na paz e no amor, e não no ódio ou na indiferença. Não ignoramos também que, embora se consiga atingir uma razoável distribuição dos bens e uma harmoniosa organização da sociedade, jamais desaparecerá a dor da doença, da incompreensão ou da solidão, da morte das pessoas que amamos, da experiência das nossas limitações.


Nosso Senhor abomina as injustiças e condena quem as comete. Mas respeita a liberdade de cada indivíduo e por isso permite que elas existam, pois fazem parte da condição humana, após o pecado original. Contudo, seu coração cheio de amor pelos homens levou-o a carregar, juntamente com a cruz, todos esses tormentos: o nosso sofrimento, a nossa tristeza, a nossa fome e sede de justiça. Vamos pedir-lhe que saibamos testemunhar os sentimentos de paz e de reconciliação que O inspiraram no Sermão da Montanha, para alcançar a eterna Bem-aventurança.


Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo, para que sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em Cristo alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando os dons da paz e da prosperidade, despertando em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica”.

Hoje, 26 de fevereiro de 2009: Dia deSanta Paula M. Fornés




Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo.


Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria. Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina.


Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova. Assim, Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família, educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.


Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia.


Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha. Paula Montal deu a prova final de autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do mosteiro da Virgem de Montserrat. Alí ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado.


Morreu aos 26 de fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha. Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de 2001.


A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milênio cristão.

Foto 3x4


Eu, diante de mim mesmo

Me vejo inacabado.

Lanço vista sobre minha aparência,

E noto quantas marcas eu possuo.

Pego-me a olhar para o

Meu triste e sombrio passado.

Vejo-me criança,

Indecisa e tão precocemente desvalida.

Vejo-me sorridente [talvez],

Só por alguns instantes.

Vejo-me insatisfeito [talvez],

Isso quase sempre.

Vejo-me louco [talvez],

Só aos olhos de alguns.

Vejo-me aborrecido,

Talvez por tudo aquilo que me falta.

Vejo que as pessoas que me cercam

Mudam constantemente suas vistas acerca do meu 'eu'.

- Seria possível elas mudarem

E, eu continuar o mesmo? [questiono-me]

- Creio que não! [plausivelmente eu respondo]

Olho mais para frente,

E vejo que de criança passei a ser gente.

Gente [talvez] como outra qualquer.

Que sonha, que sofre,

Que geme...

Que teme, que sente...

Gente que busca, que acha...

Que luta, que perde...

Gente que cai ao chão,

Ergue-se:

Que vence.

Gente que é jovem e que é velho,

Num misto de dúvidas e pensamentos.

De dor e alegria [estas, sempre tão presentes].

Vejo-me diante da sombra do que fui,

Lançando-me sobre a fissura do tempo,

Chegando ao meu desestruturado futuro...

Futuro, tal como o passado, que não é:

Aquilo que foi ou será.

Ser de mim mesmo a decisão

E a mudança.

Não me resta muito,

Pouco ou quase nada.

Sobre minhas trêmulas mãos

Estou a olhar a minha imagem.

A minha projeção de mim mesmo.

Vejo que nado sou...

Vejo-me fraco e forte.


Luiz Felipe P. de Melo.

Recife, 26 d fevereiro de 2009.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Música do dia...

HINO DA CF 2009

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,Conheço o medo e a insegurança em que estás.Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.Vou te mostrar caminho novo para a paz
Onde pões tua confiança?Segurança, quem te traz?É o amor que tudo alcança;Só a justiça gera a paz!
2.Quando o direito habitar a tua casa,Quando a justiça se sentar à tua mesa,A segurança há de brincar em tuas praças;Enfim, a paz demonstrará sua beleza
3. A segurança é vida plena para todos:Trabalho digno, moradia, educação;É ter saúde e os direitos respeitados;É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;É ilusão só exigir sem antes dar.Só na justiça encontrarás tranquilidade;Não-violência é o jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)De quem confia só nas armas, no poder.Não é violência, não são grades ou vingançaQue irão fazer paz e justiça florescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça;Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)Como aceitar o desrespeito, a injustiça,A intolerância e o desamor que vêm de ti?!

Estou pensando em Deus...


Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,
que nos abrigais à sombra de vossas asas,
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.

Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,
para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais.
Amém.

Tornado a vida em versos...


PEQUEI, SENHOR


Pequei, Senhor,
mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino vos deu,
como afirmais na sacra história.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.


Gregório de Mattos

Deus nos fala!


Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me!

Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente.

Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido.

Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso!

Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!


(SALMO DO DIA, Sl. 50)

|P|A|U|S|A|


"Não há penitência melhor do que aquela que Deus coloca em nosso caminho todos os dias" (Dom Hélder Câmara).

Refletere!

O Evangelho de hoje, nos convida mais intensamente a refletirmos sobre a nossa caminhada de vida...
"Misericórdia ó Senhor, pois pecamos" (Salmo 50, 1). Percebam como a Igreja está hoje, a melodia do Salmo é uma melodia triste. O clima da Igreja é este, entramos num clima de reflexão, não é de alegria, de gritos, é de tristeza.
Deus é amor, é bom, mas, nossas atitudes não são boas diante d'Ele, e a Igreja está dizendo a este Deus que é bom: "Tende piedade". Nós não vamos chegar pulando diante de Deus pedindo perdão, não é tempo dos católicos ficarem dançando com euforia, são quarenta dias de "tristeza". É tempo dos cristãos estarem revestidos de cinzas pedindo a Deus perdão.
É chegado o oprtuno momento de silenciar não somente os nossos lábios, porém, o coração também. O Senhor nos convida a por em prática todos os preceitos divinos fora do alcance da vista dos outros... Convida-nos a ser silenciosos, a nos voltar inteiramente a Deus e ao Seu Projeto de Salvação.
A Igreja hoje, inicia um período que rememora os quarenta anos que Moisés caminhou com o Povo de Deus pelo deserto, assim, também nós somos convidados a caminhar, lado a lado, com o Deus da Esperança. É também rememorar os quarenta dias de penitência que Cristo pasou após o Batismo.
“Agora, diz o Senhor: "voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos” (Joel 2, 12).
Por que lágrimas? Porque o povo vivia longe de Deus. O pecador vai diante de Deus chorando, quarenta dias de choro, lágrimas.
“Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembléia; congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito” (Joel 2, 15-16). Somos convidados à rezar, Deus está pedindo! É preciso olhar como estamos diante de Deus... É preciso fazer penitência.
Eis o tempo propício para nos voltarmos para nós mesmos; para as nossas práticas cotidianas...
Desse modo, o texto evangélico de hoje, apresenta-nos de modo claro as três práticas para esse tempo tão oportuno: esmolas, jejum e oração. Aqui, se encontra, os três alicerces básicos para a nossa caminhada quaresmal!
Nos esforcemos, pois, para por em prática os Conselhos Evangélicos e sobretudo, refletir um pouco mais sobre as injustiças cometidas ainda em pleno século XXI.

Evangeho de Jesus Cristo, segundo São Mateus



+ Dominus Vobiscum!


Naquele tempo, disse Jesus: - Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu. - Quando você der alguma coisa a uma pessoa necessitada, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas sinagogas e nas ruas. Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. - Quando vocês jejuarem, não façam uma cara triste como fazem os hipócritas, pois eles fazem isso para todos saberem que eles estão jejuando. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, lave o rosto e penteie o cabelo para os outros não saberem que você está jejuando. E somente o seu Pai, que não pode ser visto, saberá que você está jejuando. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. - Palavra da Salvação!



Mt 6,1-6.16-18

A paz é fruto da justiça (Is. 30, 17)


Hoje, com este lema damos início a um novo tempo na Igreja: a Quaresma. Diz-se do Tempo de Conversão. Tempo este que, a Igreja do Brasil convida-nos sempre a nos voltar para uma temática atual e propícia à reflexão.


Esse ano, a CNBB quer mostrar que não pode existir segurança pública onde não há paz, onde, necessariamente, para haver a paz deve existir justiça e, consequentemente ausência de ódio e de violência. Nesse sentido, nós não poderíamos pensar em segurança pública, sem que, ao mesmo tempo, exista uma sociedade justa.


A palavra paz provém do hebraico "shalom" que, quer dizer 'paz entre duas entidades' (geralmente duas nações) ou a paz interior de um indíviduo. Do latim, "pax", "Absentia Belli", pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral, todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz é mundialmente representada pela pomba e pela bandeira branca.


Porém, a expressão "shalom" não designa tão somente a ausência de conflitos. Ela quer dizer inicialmente satisfação e todas as necessidades, de modo que não exista o medo de não conseguir tudo aquilo que é necessário para a plena realização humana. Shalom também significa a paz que se realiza na relação do homem com Deus, consigo próprio, com os demais irmãos e com a natureza.


Falar de paz é também falar de justiça. Quando se fala de justiça, encontramos alguns problemas exegéticos, pois, o termo que mais se aproxima da palavra justiça é "tsedacá". Uma primeira acepção que podemos inferir sobre esse termo é caridade. Traduzimos Tsedacá como "caridade" somente porque é difícil achar em português uma palavra que traduza o seu verdadeiro sentido. Pois, do ponto de vista judaico, Tsedacá é diferente de caridade. Em geral, as pessoas pensam, que ao doar algo a um pobre ou a uma instituição de caridade, dão algo que lhes pertence integralmente e, portanto, fazem um ato de bondade para o qual merecem agradecimento. Mas a palavra "Tsedacá" em hebraico significa na realidade "um ato de justiça". Dar "Tsedacá" é algo que devemos fazer, não como um ato de bondade, mas como um dever e obrigação, tal como pagar uma dívida.


Desse modo, chegamos à duas conclusões importantes:


1) dar a cada um aquilo que lhe pertence - nesse sentido, justiça, em primeiro lugar, significa que cada um deve ter tudo aquilo que é necessário para que sua dignidade seja respeitada integralmente;


2) cada um deve receber de acordo com os seus atos - vale ressaltar que, aqui justiça distingue-se claramente de vingança.


Na Bíblia, a justiça é restauradora, ou seja, a sua preocupação não é com a punição, todavia, com a superação dos problemas e a conversão

daqueles que erram, porque, visivelmente todo ato de injustiça é por natureza um ato de egoísmo, consequentemente, pecado.


Roguemos ao Deus da Esperança que nos proporcione uma experiência de renovação durante todo esse tempo quaresmal e, que imbuídos pelo Espírito Santo, reconhecendo os atos de desamor, cultivemos nós, uma vida de paz e jsutiça!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

|P|A|U|S|A|


QUEM EU SOU?; Pe. Fábio de Melo





Quem sou eu? Eu vivo para saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.





O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.




De vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet ou até mesmo um e-mail que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.




Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias em que vivemos.




O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.




Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.




Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.




Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.




Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado nesse processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.

Hoje, 24 de fevereiro de 2009: Dia de São Sérgio da Cesaréia!


Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos.


Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado. O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano.


Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.


A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos. Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte. Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio.


Ele era um velho magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com Sapricio.


Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais o seu deus.


Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu decapitado naquele mesmo instante.


Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de Ubeda, na Espanha.


Carnaval às vistas do sertanejo




A alegria rola solta na cidade.


Pessoas pulam, se divertem;


Crianças, jovens e adultos.


Todos cantam e se apaixonam.




Blocos líricos, cordas e tambores.


Máscaras, fantasias...


Felicidade e alegria,


Se confunem com mil cores.




Povo unido, festa grande...


Gente de todas as idades,


Se reúnem no Recife,


A mais bela das cidades.




O luxo e o lixo se confundem.


Praças, ruas e avenidas.


Todos frevam...


Na maior alegria de suas vidas.




O encanto dura pouco.


Somente três dias.


POvo todo, gente unida


No sol do dia-a-dia.




O galo já vem reinando,


Sob o sol que já está raiando.


A gente pula, se anima.


Enquanto o povo todo vai frevando.




O cranaval é tudo isso.


É cultura e animação...


É juventude reunida,


A alegria que embala o coração.




Já vou me dspedindo,


Vou embora pra o sertão.


A quarta-feira já vem chegando,


E com ela a dor que me invade o coração.






Luiz Felipe P. de Melo


Recife, 28 de janeiro de 2008.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Música do dia...

Vai buscar Dalila...
vai buscar Dalila ligeiro
Vai buscar Dalila...
Vai buscar Dalila ligeiro
ligeiro, ligeiro, ligeiro...

.Hem hem hem hem oooooo
Hem hem hem hem oooooo

Eu vi (vai levando)
Esse povo é VIP (vai levando)
Ninguém é triste (vai levando)
O futuro existe (vai levando)
Eu vi (vai levando)
O trio não para, Dodô (vai levando)
Batuqueiro não para, povo (vai levando)
O amor não para...
Eu vi (vai levando)
Ta tudo preparado (vai levando)
Pra chegar la em cima (vai levando)
Quem quiser vem comigo (vai levando)
Eu vi (vai levando)Motorista não para (vai levando)
Operário não para (vai levando)
A cidade não para

Hem hem hem hem oooooo
Hem hem hem hem oooooo

La vai la vai la vai
La vai o trio e o povo
Levanta coração, sujeito carinhoso (2x)

Pausa Poética...


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...

Que já têm a forma do nosso corpo ...

E esquecer os nossos caminhos

que nos levam sempre aosmesmos lugares ...


É o tempo da travessia ...

E se não ousarmos fazê-la ...

Teremos ficado ... para sempre ...

À margem de nós mesmos..."



(Fernando Pessoa).

Estou pensando em Deus...





" A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador" (Lc. 1, 46s).


|P|A|U|S|A|





"TRISTEZA NÃ TEM FIM, FELICIDADE SIM" (TOM JOBIM).

Os 3 Conselhos




Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:


- "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você".


Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto foi o seguinte:


- "Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não quero receber o meu salário. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho".


Tudo combinado, aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:

- "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa".

O patrão então lhe respondeu:

- "Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora e se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta".


Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: - "Quero os três conselhos". O patrão novamente frisou: - "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro".E o empregado respondeu: - "Quero os conselhos".


O patrão então lhe falou: 1. "NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida. 2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal. 3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais." Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim: - "Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa".


O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: - "Pra onde você vai?" Ele respondeu: - "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada". O andarilho disse-lhe então: - "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez, e você chega em poucos dias". O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.


Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou- se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido. O hospedeiro: - e você não ficou curioso? Ele disse que não. No que o hospedeiro respondeu:- Você é o primeiro hóspede a sair daqui vivo, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.


O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada... já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho.Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.


Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse:- "Não vou matar minha esposa e nem o seu amante”.Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer a esposa que eu sempre fui fiel a ela.Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com as lágrimas nos olhos lhe diz:

- "Eu fui fiel a você e você me traiu...Ela espantada lhe responde:- "Como? eu nunca lhe trai, esperei durante esses vintes anos. Ele então lhe perguntou:- "E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?E ela lhe disse:- "Aquele homem é o nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade".


Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção,, ele parte o pão e ao abri-lo encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação.