segunda-feira, 9 de março de 2009

DEPREENDER-SE COM A MORTE...

Nossa Sª da Boa Morte


Por que a morte nos atemoriza tanto? Essa sensação de perca... Indubitavelmente insegura! Define-se, pois, como um propugnáculo, o qual é travado no chão do existir.


A morte não é finalidade! Fomos criados para à Vida...

Aqueles que, assim, não compreendem, necessitam de uma experiência profunda com o amor de Deus! Somente quando somos surpreendidos por determinados acontecimentos é que começamos a perceber o quanto somos frágeis. Começamos, pois, a cair-em-si-mesmos, na perspectiva de redescobri o valor da vida, tomando compreensão de que Vida não é nossa de maneira absoluta, mas, sim, pertence a Deus. Deus que nos chamou do nada à existência, um dia nos chamará para vivermos ao Seu lado.


Toda a nossa caminhada aqui na terra dá-se na tentatia de descobrir de onde vimos, por que vimos, quem somos, por que somos, para onde iremos e por que iremos. Desse modo, passamos a vida toda a nos questionar... Buscamos, no meio do caminho, respostas plausíveis aos nossos questionamentos! Terminamos e nos deparamos com uma única certeza: nada sabemos! E percebemos que todos os livros, todas as pesquisas, todos os discursos, de nada adiantaram. Continuamos sem nada saber e, percebemos que a religião não é para nos dar as respostas, mas, para nos ajudar a descobrir e melhor aceitar a nossa incapacidade ante o inexpremível. A relgião, dessa forma, tende a gerar em nós um espírito, não de comodismo ou de conformismo, porém, a nos ajudar a conviver com as perguntas, pois elas se farão presente por todo o nosso perene caminhar.


Encontraremos diversos caminhos, atalhos, às vezes mais curtos, mas, ao mesmo tempo inseguros! E, pergunto eu:

- Por que trocar o certo pelo duvidoso?


Eis a questão! Diante das nossas humanas fraquezas e, ante a todo um sistema de frustrasções, de percas incomensuráveis, de sentimentos de dor... Nos deparamos com a misericórdia de Deus. Pois, é de saber-se que, quanto mais lançados ao chão, mais amparados pela bondade inefável de Deus nós estamos.


Como diz o apóstolo:


"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm. 8, 31b).


Luiz Felipe Pereira de Melo.

09/03/2009.