domingo, 2 de agosto de 2009

Eu, descrito por mim mesmo...

Bem, hoje faz exatamente vinte anos que me questiono acerca de quem eu sou verdadeiramente... Não tendo respostas completas e nem concretas, lanço-me frente à incerteza das impossibilidades presentes, buscando alternativas sustentáveis e argumentos plausíveis aos meus inúmeros questionamentos. Sabendo e reconhecendo que sempre quando tentamos dizer o que algo “é”, aventuramo-nos, pois, em ‘delimitar’ a sua essência, em outras palavras, buscamos dar “finitude” a algo infinito!
Nasci aos dois de agosto do ano da graça de mil novecentos e oitenta e nove, às quinze horas de uma quarta-feira, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP, localizado nesta cidade, no bairro da Boa Vista. Vim ao mundo no mesmo dia em que o ‘Rei do Baião’ deixou essa dimensão terrestre e partiu para a Jerusalém Celeste... Por isso meu nome: Luiz, em homenagem ao eterno “Gonzangão”.
Acredito fielmente na palavra que diz: “Antes que no seio de minha mãe eu fosse formado, o Senhor já me conhecia; antes do meu nascimento, Ele já me havia consagrado” (cf. Jr. 1, 5), sendo assim, percebo que toda a minha difícil caminhada até aqui foi e é, um encontro com Deus que é Amor (I Jo. 4, 16), e Amor para sempre. Entre lágrimas e sorrisos, entre sonhos e decepções, semeando, dia após dia, vou chegando à conclusão de que nada sou sem Deus.
Mas, fui crescendo... Aos dezesseis de setembro de mil novecentos e noventa, às dez horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro que tem por nome o título da padroeira – Graças – fui batizado no terceiro domingo daquele mês pelo Revmo. Pe. João Novaes, ainda administrador daquele territorial paroquial. Dando início à minha vida cristã, deixando de ser mera criatura e passando a ser contado entre os “Membros de Cristo”.
E o tempo ia passando... Lentamente... Em fevereiro do ano de 1993 fui matriculado na minha primeira escola, “Escola Jardim de Nathália”, lá dei início à minha vida estudantil – eu diria. Minha primeira professora, Tia Paula... Nunca me esqueci! De início detestava ir à escola, tudo por conta do apego à minha mãe... Depois, com o passar do tempo, fui me acostumando... O tempo passava... e eu crescia em graça e em sabedoria. No início do ano seguinte eu era transferido para uma outra instituição de ensino infantil – Escola Modelo São Félix - localizada nas proximidades de minha residência... Lá fui alfabetizado... Conheci um mundo totalmente diferente, comecei um processo de desmistificação e de desconstrução até hoje válido... Adentrei em um universo surreal, hierárquico... Concluindo, o primeiro grau menor – na época, assim chamado – em dezembro de 1999. Em fevereiro do ano de dois mil, dava início ao segundo grau maior, também denominado de Ensino Fundamental II, numa falida instituição da Rede Pública Estadual, a Escola Estadual Landelino Rocha... Lá eu não aprendi nada! Exceto, como o ser humano torna-se seu próprio fiasco, seu próprio vilão... E o pior, conheci logo o lado vil da vida, o lado amargo do sabor da vida.... Decepções, frustrações, perseguições... Somente por eu não comungar com tal realidade! Porém, Deus em sua infinita misericórdia nunca abandonou-me... Comigo sempre esteve durante todo o caminhar... Difícil caminhar! Aos onze anos de idade dava início aos estudos catequéticos, concluindo com a recepção da minha Primeira Eucaristia, aos vinte e seis de novembro daquele mesmo ano, às quinze horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, localizada no bairro do Pina. Durante este tempo comecei a perceber que o Senhor me chamava... De início relutei!!
O tempo continuou a passar... Eu crescia... E em abril do ano de dois mil e dois, eu mais uma vez mudava de escola... Agora passava a estudar no Instituto Imaculada Conceição, concluindo assim o chamado Ensino Fundamental II no ano de dois mil e três. Eis que o Senhor continuava a me chamar... E eu, tal como o jovem Samuel não percebia... Em dois mil e quatro ingressava no Colégio Brasil, sede Boa Viagem, com intuito de lá terminar o Ensino Médio. Porém, o Senhor mesmo tinha outros planos para a minha vida... Aconteceu que no final daquele ano o colégio faliu e eu fui estudar na outra unidade, no Centro. Já em dois mil e cinco, retornei à catequese, desta vez para me preparar para a recepção do sacramento da Crisma... Aos doze de novembro do ano da graça de dois mil cinco, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, diante de Deus e dos irmãos, na Celebração Eucarística, em meio a qual recebi a Imposição das mãos e a Unção do Crisma, confirmava o sacramento que havia recebido ainda quando pequeno, renovando, assim, as promessas do meu batismo... E tendo a certeza de que Ele tinha me escolhido, a partir daquele dia Ele mesmo colocou em meu coração... “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo. 15, 16). E desde então estou a peregrinar... Buscando dar sentido à Vida que o Senhor concedeu a mim... Eu, pobre e infiel... Um servo vil e inútil!
Em dois mil e seis mudava novamente de escola, concluindo assim, no Colégio e Curso Especial, na unidade de Piedade. No final daquele prestava o meu primeiro vestibular, concorrendo a uma vaga no curso de História da Universidade Federal de Pernambuco e Filosofia na Universidade Católica de Pernambuco. Na primeira, fui para o remanejamento faltando-me apenas onze décimos, não acompanhando o remanejamento, mais tarde descobri que havia sido aprovado... Mas já era tarde! Na segunda, a UNICAP, fui aprovado com um coeficiente, diria até, significativo, sendo contemplado com uma bolsa parcial de cinqüenta por cento. Ingressei na Universidade aos dois de fevereiro de dois mil e sete, sendo o mais o jovem de minha turma, com apenas dezessete anos de idade.
Atualmente, estou a cursar o sexto período – de oito, ou seja, faltam-me apenas dois períodos – graças a Deus, venho me esforçando ao máximo para dar o melhor... Continuo caminhando “vocacionalmente”... Tendo sempre em mente três coisas:

ü Vocação é um chamado de Deus! Não é meu nem da Igreja ou de qualquer outra congregação ou diocese... Mas, de Deus e deve ser a Ele que devo responder;
ü Deus não me escolheu devido às minhas limitações, devido ao que tenho ou ao que sou, porém, devido exclusivamente à sua graça;
ü Para tudo há um tempo (Ecl. 3, 1).

Sou um jovem sonhador, um amante incondicional por Jesus e por sua Igreja!
Caso tenham dúvidas: questionem-me!! Perguntem! Se eu achar cabível, responderei, se não, no máximo, darei o desprezo! Na verdade estou chegando à conclusão que sou tudo aquilo de bom e de belo que se manifesta em mim... e todas as minhas dúvidas!

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Recife-PE, 02 de agosto de 2009.

Luiz Felipe Pereira de Melo.

sábado, 1 de agosto de 2009

Frase do Dia!

Os jovens têm anseios que nunca passam, enquanto os velhos têm lembranças do que nunca aconteceu

" O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome." (Is. 49, 1b).


Powxa!! Quanto tempo...

Tantas coisas deixei de escrever, de transportar para esse mundinho que só eu tenho acesso...


Hoje, nas vésperas de meu aniversário, prestes à completar vinte anos de vida, lanço-me à frente desta tela... Meditando um pouco sobre minhas ânsias, minhas referências, meus sonhos, meus onjetivos...


Mas, sobretudo, neste início de mês, dedicado às vocações, reflito sobre esta Voz que ouço a tanto tempo...

Que ouço e atento me disponibilizo a responder, tal como Samuel:


"Eis-me aqui, pois, tu me chamaste" (I Sam. 3, 5).


Pois bem, já de partida por hoje, sem mais a declarar....


Fica aqui um retrato do que estou sentindo....