quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que de ti em mim ficou?




Em mim, nitidamente,
restou um vazio.
Lacuna antes ocupada
pelo inexorável brilho dos teus olhos.

Em mim ficou a saudade,
desbaratinada e loucamente aguda.
Aflita e miúda.

Em mim, restaram apenas
os dias finitos de convivência.
Ardência, intensa.

Em mim ficou teu cheiro
amiúde, frondoso.


Em mim ficou a lembrança
do que foi vivido
e jamais será esquecido.





Luiz Felipe P. de Melo
01/09/2011