quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eu e eu mesmo!


Pensei que a vida fosse

Uma simples brincadeira.

Coisas de um menino-moleque,

Talvez de alguém que muito sonhou,

De alguém que muito amou.

Sentia-me onipotente ante

Todas as coisinhas do dia-a-dia.

Mas cresci...

Muito eu aprendi.

Aprendi a me valorizar,

A amar as pessoas como elas são...

Com os seus defeitos e qualidades.

Compreendo que sou hoje

Resultado de uma somatória de experiências

De um passado triste e tenebroso.

Sou hoje o que não consegui ser ontem,

E jamais o que fui a um mês, a um ano...

Sou dialético, contraditório.

Sou humano (de mais)

Erro e me apixono de mais.

Sou os sonhos de uns,

A realização de tantos,

O desejo de muitos,

Sou o pesadelo de vários.

Sou e consigo ser o que quero,

Como eu quero, com quem eu quero,

A hora que quero.

Sou o desafio que se lança no céu

A cada manhã...

Sou o respiro e o suspiro.

Sou um aventureiro...

Um real desbravador numa

Nal em alto mar.

Me descubro, me redescubro...

Às vezes eu mesmo me invento,

Me supreendo.

Aff...

Tem dias que nem eu mesmo me aguento!

Porém é assim...

Coisas da vida..

Dessa minha vidinha monótona.

Sou quem sabe o que eu ainda não sei,

O que ainda não inventei,

E talvez o que já tentei...

O que já sonhei e já amei.

Talvez eu seja mais um

Em meio a tantos...

Num mundo cada vez mais incrédulo,

Cada vez menos humano...

Onde o ser

Dá lugar ao ter.

E onde cada vez mais as pessoas estão desiludidas,

Confusas, pertubadas, distraídas...

Aqui me encontro...

Em meio ao corre-corre do dia-a-dia...

Parado, tarde da noite a descrever e refletir

Meus pensamentos e anseios

Nesta pequenina telinha mágica.



Luiz Felipe Pereira de Melo.

Madrugada de 13 de fevereiro de 2009.

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