quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sou um Zé da Silva e tantos outros


Já andei por tanta estrada

Já venci tanta cilada

E no caminho fiz ser ouro a minha prata

No meu mundo não tem fadas

Mas a mão de Deus me alcança

Já chorei por tanta causa

Já sorri por tantas outras

E a mistura destes sentimentos tantos

Tanto riso, tanto pranto

Verso escrito no meu rosto

Misturei meu sangue em outro

Quando a dor fez alvoroço

Veio a calma da cantiga

Fiz plantio de outro verso

Desbravei outro universo

Aprendi ser trovador

Em cada porto e despedida dessa vida

Esqueci meu coração batendo lá

Aos poucos tranformei-me em tantos outros

Sou de cada povo um pouco

E hoje a terra inteira é o meu lugar

Quem me dera pudesse compreender

Os segredos e mistérios dessa vida

Esse arranjo de chegadas e partidas

Essa trama de pessoas que se encontramS

e entrelaçam

E misturadas ganham outra direção

Quem me dera pudesse responder

Quem sou eu nessa mistura tão bonita

Tantos outros, sou na vida um Zé da Silva

Sofro as dores de outros nomes

Rio os risos de outras graças

Trago em mim as falas dessa multidão

Quem me dera pudesse compreender

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