Já andei em vales
Que a própria vida duvida.
Já nadei em mares
Que fizeram arder as minhas feridas.
Já conquistei pessoas e amores
Que somente causaram-me dores.
Já fui criança, já fui gente...
Já fui sonho, fui inocente.
Já menti, já sorri.
Já amei e fui amado...
Muito eu já chorei,
Isso é um dado.
Já busquei e procurei,
Encontrei e já perdi...
Hoje sei...
Sei que o amor eu conheci.
Já mudei, me transformei,
Roubei, mas não matei.
Já sonhei, me interessei...
Já temi, não consegui.
Já lutei e conquistei.
Pus em Deus minha esperança,
Ele que me é a confiança.
Insisti, me dediquei,
E tudo que gostava eu já larguei.
Já falei, eu já ouvi...
Parei mudo, só escuto.
Falei muito,
Disse tudo.
Anunciei...
Hoje, nova criatura eu sou.
Sou consagrado ao meu Senhor.
Acredito na mudança,
De homem passei a ser criança.
Por Ele hoje eu vivo,
Cristo é meu tudo, meu suspiro.
Anteriormente eu disse não,
Depois eu disse sim...
Pobre de mim:
Eu não compreendia Aquele que É.
Atualmente, não sou eu mais quem vive...
Mas é Ele quem vive em mim.
Muito ainda me falta,
Pois não sou eu completo.
Sei que para sempre hei de trazer
As marcas profundas do Eterno.
Luiz Felipe Pereira de Melo.
Recife, 11 de fevereiro de 2009.
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