terça-feira, 17 de setembro de 2013

Noite in poesia



Ah! A noite...
Ela traz uma estranha exatidão;
uma velada e oculta verdade.

A noite, pobre e singela,
recurso dos místicos,
abrigo dos perigos.

A noite que vejo da janela do quarto,
é a mesma que traz o frio lá fora,
e a que inquieta os corações.

A noite que faz dos amantes,
tresloucadamente mórbidos,
saírem em busca dos que amam.

A noite que faz do encontro,
breve encanto;
do opaco, quase translúcido.

A noite de incertezas e medos,
a "noite escura" e de infindas tristezas,
se esvaí, com tic-tac quase imperceptível.

A noite se vai,
os medos também.
O crepúsculo é vencido.


 Luiz Melo - 18/09/2013

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