segunda-feira, 2 de agosto de 2010

My Day!


Eu sei que talvez, hoje, olhando para o passado, eu venha a ficar convencido de que muito pouco ou quase nada eu sei. Quase nada da vida, da lida, do pranto, do show! Isto é fato! Apenas posso dizer que caminhei algumas léguas para aqui chegar, semeei quem sabe esperança por onde passei, reguei com amor e fidelidade e lá no fim do horizonte parece-me que já contemplo a imagem de grandes feixes entulhados para a grande festa que é a colheita da vida.

Hoje, passados exatamente vinte e um anos, me volto àquela bendita tarde do dia dois de agosto de um mil novecentos e oitenta e nove, aonde pela graça de Deus eu vinha ao mundo e trazia comigo a difícil missão de ser Luz onde as trevas superabundavam... foi e está sendo ainda mui difícil! Mas, quem algum dia disse-me que seria fácil?!

Recordo-me dos meus primeiros e inseguros passos, ainda de mãos dadas com aquela que me gerou, eu temente a tudo, não muito demorei a andar com as minhas próprias pernas. Resultado, aprendi, sem delonga alguma, a caminhar e a dar grandes passos por vezes. Quanta terra ficou presa à sola dos meus sapatos, quanta gente, quantos sonhos, quantas realizações, quantas decepções, quantos temores e tremores, quiçá ainda não superados, mas, sublimados. Quanta coisa eu já vi, outras tantas eu já vivi. Há ainda aquelas que fiz questão de apagar da memória.Quantos letras, imagens, versos e rimas, melodias; eu aprendi, escrevi, fotografei, recitei, cantei....

Voltando o olhar para o que passou, contemplo, no chão de minha existência, tantas pegadas, tantos encontros e tantos desencontros, mas, a certeza de que nada foi em vão: cada sorriso, cada encanto, cada lágrima, cada momento, cada contato, cada um daqueles que tive a oportunidade de ao menos dizer um “Bom dia!”. Tanta gente, quantos sonhos, quanta vida, quanta história. Saudades! Algo que ainda persiste em minh`alma, em minha memória.

Agora tenho a certeza de que muito eu sei sobre eu mesmo... Sei bem de onde vim, como vim, porque vim, como eu sou, porque sou, para onde vou, como vou, com quem vou... Dúvidas como essas são persistentes e, se fazem presentes por todo o diligenciar existencial, daí, concluo, desde já, que somente haverá um dia que elas não mais se farão presentes, quando eu não mais por aqui estiver.

Mas, quem seria eu?

Luiz Melo! Um jovem sonhador, desejoso de tantas coisas, amante do saber, curioso, perceptivo, intuitivo, orante, falante, dançante, tolo, talvez. Alguém que do nada veio, que caminha quem sabe sem rumo, mas, com uma viva motivação: o Amor, porque somente quem ama, é capaz de viver e de desejar contemplar dias melhores.

Sou do tipo de pessoa “incomum”. Não me reduzo às especulações alheias, nem tão pouco ao fardo dos rótulos de outrem. No mar da vida, não sou mais um marinheiro de primeira viagem, sou alguém que deixou o porto há algum tempo e que apenas sabe que o amor e o tempo são quem impulsionam a viagem! Na verdade, buscando filosofar sobre minha aparência, descubro que sou toda a beleza e mistério que se manifestam em mim e todas as minhas dúvidas e angústias.

Luiz F. P. Melo.

02 de agosto de 2010

Pela passagem de meu natalício...

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