segunda-feira, 23 de março de 2009

Sufrágios de mim mesmo...


Quem seria eu?

Permita-me, pois, voltar-me, por uns instantes para dentro de mim mesmo e lá, sozinho e afastado de todos, redescobrir-me...

Primeiro, percebo que uma resposta traz sempre um questionamento e, sendo assim, uma série de perguntas infinitas...
Definir é buscar uma finitude!

- Eis um problema!

Sei que sou ‘imagem e semelhança’ do criador (cf. Gn. 1, 27);
Vestígio da Glória do Altíssimo e Onipotente Senhor Deus do Universo;
Sei que fui criado para o louvor e glória de Cristo Jesus;
Sei que sou tão pecador;
Tão limitado;
Cheio de máculas e de chagas...
Sei que sou ferido pelo pecado;
Que sou tão frágil e limitado.

Sei que sou um ser de contradições;
Ora eu amo, ora eu abomino!
Sei que sou assim...
Não é preciso ninguém ratificar esse fato.

- Eu sou uma inconstante interrogação a mim mesmo!

Sou, talvez, o pesadelo de alguns...
De tantos, apenas um sonho!

Eu sou o livre vôo da gaivota,
Que se lança rumo ao céu desconhecido
A desbravar cada nuvem,
Experimentando a doce

E singela sensação de liberdade...

Sou, talvez, quem eu queira
Que os outros sejam a mim...
Talvez eu seja um pouco de tudo
Que eu já tenha lido e vivido...


Para uns, sou uma sequela maldita...
Para tantos, eu sou remédio que cura!

Talvez nem eu mesmo sem quem sou...

Sei que sonho muito!
E isso é tudo...



Luiz Felipe P. de Melo.
21/03/2009.

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